Vai estar,
dia trinta e um do doze, dois mil e dez
dois mil e onze
estes números que ainda parece que ontem pareciam tão distantes,
a vida que passa num piscar de olhos e por vezes tenho saudades de coisas que não fiz ainda,
coisas que quero tanto fazer,
sem por momentos me colocar com promessas que sim,
dois mil e onze é que vai ser!!!
este ano é que é,
whiskas saquetas vezes mil
todos os dias temos a oportunidade de mudar a nossa existência,
de nos aventurarmos nela e no Mundo para enriquecermos aquilo que somos,
o quer que seja
um dia apenas passa e tendemos a acreditar que é um novo começo,
que mudaremos a nossa personalidade, exorcizaremos os nossos fantasmas, enterraremos os Passados, os erros, os instantes mal-vividos, seremos melhores, mais aptos, mais sábios, menos frágeis, mais felizes, mais vividos, a duzentos mil à hora,
desejo-vos sinceramente do fundo do coração que sim,
que vos sirva a inspiração para mudar uma, duas dessas questões para melhor
que sejam acima de tudo felizes e saibam apreciar cada momento
que aproveitem os momentos com as pessoas que vos são importantes,
mais desejo-vos, aos que não sabem ainda, o poder de apreciar as coisas simples
o Mundo está cheio de coisas boas e más,
todas elas parte da nossa existência
dois mil e onze
são apenas mais trezentas e sessenta e quatro novas oportunidades para o fazer acontecer
Feliz Ano Novo
...mais que nunca estou fã do Snoopy! Só porque posso!
Aparentemente, um Mundo Só Meu à vossa disposição e à dos vossos sentidos quaisquer que sejam eles
31.12.10
26.12.10
"Hoje Não!"
Não me compram as palavras,
de tantas vezes que as usei a todas, em quase todos os sentidos imagináveis, calculáveis, previsíveis
inimagináveis em serões
com o tempo aprendi a ser a mais fria versão de mim,
também a mais serena, distante a mais de mil milhas de um qualquer horizonte,
apagadas muitas vezes as luzes em pleno cruzeiro, o rádio silencioso e a navegação a fundo, sem refreios,
noite dentro,
escuridão
só sabemos o que há do outro lado quando chegamos ao limite das coisas,
quando batemos nos fundos,
nos tectos,
nas almas uns dos outros,
testando-lhes mais que o pulso, a essência
talvez para mim já seja tarde,
não me socorrendo de um qualquer idealismo e sonho infantil de que o quer que venha na minha direcção me irá mudar de tal forma o cerne que apagará esta essência do que sou e de quem é em mim,
talvez não o queira de qualquer outra forma,
de tão convicto que estou de que a efémera passagem pelo Mundo é feita de aproveitar cada centalha de cada coisa,
cada inspiração e expiração deste corpo,
não se desiste de viver,
como não se desiste de acreditar que todas as regras,
todas elas,
mesmo as minhas,
foram feitas para serem irremediavelmente demolidas, arrasadas
indubitavelmente devolvidas ao entulho da Terra que as ergueu,
como nós,
na nossa existência,
mais tarde devolvidos apenas ao que somos no fundo, no tecto
a nossa essência
de tantas vezes que as usei a todas, em quase todos os sentidos imagináveis, calculáveis, previsíveis
inimagináveis em serões
com o tempo aprendi a ser a mais fria versão de mim,
também a mais serena, distante a mais de mil milhas de um qualquer horizonte,
apagadas muitas vezes as luzes em pleno cruzeiro, o rádio silencioso e a navegação a fundo, sem refreios,
noite dentro,
escuridão
só sabemos o que há do outro lado quando chegamos ao limite das coisas,
quando batemos nos fundos,
nos tectos,
nas almas uns dos outros,
testando-lhes mais que o pulso, a essência
talvez para mim já seja tarde,
não me socorrendo de um qualquer idealismo e sonho infantil de que o quer que venha na minha direcção me irá mudar de tal forma o cerne que apagará esta essência do que sou e de quem é em mim,
talvez não o queira de qualquer outra forma,
de tão convicto que estou de que a efémera passagem pelo Mundo é feita de aproveitar cada centalha de cada coisa,
cada inspiração e expiração deste corpo,
não se desiste de viver,
como não se desiste de acreditar que todas as regras,
todas elas,
mesmo as minhas,
foram feitas para serem irremediavelmente demolidas, arrasadas
indubitavelmente devolvidas ao entulho da Terra que as ergueu,
como nós,
na nossa existência,
mais tarde devolvidos apenas ao que somos no fundo, no tecto
a nossa essência
16.12.10
2:22
Não minutos,
horas da noite de um dia estagnado
estou em crer que de muitos seguidos de muitos outros
antecedidos de tantos
estou em descrer na humanidade à medida que mais um Natal se precipita
nunca vi gente mais só, mais desprovida de humanidade,
não se dá mais uso à palavra saudade,
raros momentos de humildade,
estou até em crer que existem momentos do dia e noite em que não existo,
desprovida a humanidade
estava em crer que a dadas horas do dia estávamos mais conectados,
mais ligados e saudosos, como se as coisas importassem
as pessoas mais
afinal não,
afinal só eu devo sorrir quando me lembro de coisas simples,
quando vejo um qualquer vídeo antigo onde não estou onde outrém sorri,
ou youtubo amizades que se sumiram num vazio
enquanto assisto a status updates de outras que tais
está tudo bem
está sempre tudo bem
o meu iPhone tem bateria, o XPS ligado vinte horas ao dia e ainda vôo pelo Mundinho
tenho duas guitarras eléctricas na calha como prenda para mim mesmo,
comprei uns Diesel para me vestirem os pés
umas bombasine na Quebramar para me manter quente
as tralhas trendy que fazem tão mais sentido no Natal,
tomo vitaminas todos os dias e tenho tido insónias,
jetlag permanente e uma agilidade mental que eu próprio reconheço notável
por vezes o frio Britânico faz-me doer a pele e tenho saudades do Sol do Verão,
como morro de saudades das ondas, da areia nos pés, da água gélida do Mar e dos pores do Sol
vou assim a caminho dos lençóis
algodão egípcio, um sonho de dormir
se ao menos eu conseguisse
mas agora que estamos todos tão concentrados em porcaria e não em pessoas,
coisas em vez de seres
como se eu algum dia assim,
estou em crer que dormiria e teria bons sonhos,
como se o Mundo fosse um lugar justo, mesmo e novamente a uma semana de um tal Natal
boas compras, não se esqueçam de oferecer abraços este ano
horas da noite de um dia estagnado
estou em crer que de muitos seguidos de muitos outros
antecedidos de tantos
estou em descrer na humanidade à medida que mais um Natal se precipita
nunca vi gente mais só, mais desprovida de humanidade,
não se dá mais uso à palavra saudade,
raros momentos de humildade,
estou até em crer que existem momentos do dia e noite em que não existo,
desprovida a humanidade
estava em crer que a dadas horas do dia estávamos mais conectados,
mais ligados e saudosos, como se as coisas importassem
as pessoas mais
afinal não,
afinal só eu devo sorrir quando me lembro de coisas simples,
quando vejo um qualquer vídeo antigo onde não estou onde outrém sorri,
ou youtubo amizades que se sumiram num vazio
enquanto assisto a status updates de outras que tais
está tudo bem
está sempre tudo bem
o meu iPhone tem bateria, o XPS ligado vinte horas ao dia e ainda vôo pelo Mundinho
tenho duas guitarras eléctricas na calha como prenda para mim mesmo,
comprei uns Diesel para me vestirem os pés
umas bombasine na Quebramar para me manter quente
as tralhas trendy que fazem tão mais sentido no Natal,
tomo vitaminas todos os dias e tenho tido insónias,
jetlag permanente e uma agilidade mental que eu próprio reconheço notável
por vezes o frio Britânico faz-me doer a pele e tenho saudades do Sol do Verão,
como morro de saudades das ondas, da areia nos pés, da água gélida do Mar e dos pores do Sol
vou assim a caminho dos lençóis
algodão egípcio, um sonho de dormir
se ao menos eu conseguisse
mas agora que estamos todos tão concentrados em porcaria e não em pessoas,
coisas em vez de seres
como se eu algum dia assim,
estou em crer que dormiria e teria bons sonhos,
como se o Mundo fosse um lugar justo, mesmo e novamente a uma semana de um tal Natal
boas compras, não se esqueçam de oferecer abraços este ano
9.12.10
Smile, You Got Nothing (?) to Lose
Gosto destes dias frios,
ainda que o gelo me faça por vezes deslizar os pés numa perca momentânea de equilíbrio
até à data inofensiva
uma analogia à existência,
esta de dias frios, de deslizares de pés, de perdas de equilíbrio, de nada dado por garantido
a caminho mais um Natal, mais um Reveillon, mais um sem-número de promessas feitas por milhões a outros milhões, a elas mesmas, a mudanças de 180º em comportamentos-padrão
mais gente pobre, mais animais abandonados, mais maus-tratos, mais cromos, mais gente que deseja ser uma celebridade instantânea, mais um zé-ninguém e uma maria-ninguém que farão uma existência poser porque ninguém tem coragem ou inteligência para lhes dizer
não tens um pingo de auto-estima
e ao virarmos dias a fio assim, criámos esta sociedade e esta vida,
este modus vivendis que nos rodeia e que aceitamos mesmo que de nariz torcido
que aos poucos verga muitos à plena estupidez,
como se não fossemos todos mortais, todos falíveis e todos humanos,
vendida tão bem que é a mentira que seremos todos bonitos, ricos e famosos e pior ainda,
que a felicidade é feita disso
nunca creio que virá o dia em que aceitemos que as coisas não são bem assim,
que existe um plano maior para as coisas e mais,
a qualquer momento podemos traçar um para nós
são dias frios estes, de tão gélidos que assolam mais que a pele que tendem a secar
mas sorri-se, mesmo que não se ignore
com o conhecimento confortante que é melhor sorrir sozinho num dia gélido,
que fingir um sorriso num conforto aparente feito de nada
de ninguém e palavras ocas
sorrir é portanto a melhor das armas, a melhor assinatura
é a nossa forma de estar no Mundo e talvez, quem sabe
a mais honesta de todas as emoções e reacções humanas
simplesmente
sorrir
ainda que o gelo me faça por vezes deslizar os pés numa perca momentânea de equilíbrio
até à data inofensiva
uma analogia à existência,
esta de dias frios, de deslizares de pés, de perdas de equilíbrio, de nada dado por garantido
a caminho mais um Natal, mais um Reveillon, mais um sem-número de promessas feitas por milhões a outros milhões, a elas mesmas, a mudanças de 180º em comportamentos-padrão
mais gente pobre, mais animais abandonados, mais maus-tratos, mais cromos, mais gente que deseja ser uma celebridade instantânea, mais um zé-ninguém e uma maria-ninguém que farão uma existência poser porque ninguém tem coragem ou inteligência para lhes dizer
não tens um pingo de auto-estima
e ao virarmos dias a fio assim, criámos esta sociedade e esta vida,
este modus vivendis que nos rodeia e que aceitamos mesmo que de nariz torcido
que aos poucos verga muitos à plena estupidez,
como se não fossemos todos mortais, todos falíveis e todos humanos,
vendida tão bem que é a mentira que seremos todos bonitos, ricos e famosos e pior ainda,
que a felicidade é feita disso
nunca creio que virá o dia em que aceitemos que as coisas não são bem assim,
que existe um plano maior para as coisas e mais,
a qualquer momento podemos traçar um para nós
são dias frios estes, de tão gélidos que assolam mais que a pele que tendem a secar
mas sorri-se, mesmo que não se ignore
com o conhecimento confortante que é melhor sorrir sozinho num dia gélido,
que fingir um sorriso num conforto aparente feito de nada
de ninguém e palavras ocas
sorrir é portanto a melhor das armas, a melhor assinatura
é a nossa forma de estar no Mundo e talvez, quem sabe
a mais honesta de todas as emoções e reacções humanas
simplesmente
sorrir
26.11.10
Escreve
Escreve pois um dia não o farás mais,
como nadar no Oceano, correr a sentir o vento na face,
beijar como a primeira vez,
sonhar como se amanhã pudesse sempre ser melhor
Escreve pois um dia alguém poderá correr o risco de ler,
matutar nas tuas palavras,
pensar o Mundo e,
ao pensá-lo
mudá-lo um bocadinho mais, para melhor
Escreve para não te perderes,
para te encontrares e te deixares encontrar,
se aos olhos de outrém pareceres distante diz-lhes que te leiam
se não o conseguem fazê-lo na superfície da tua alma
Escreve para ti e para os outros,
para que não percas o Norte ao que importa,
para os sonhos que te dão ritmo e
para os que são quem dizem ser
Escreve como se não precisasses,
como se não gostasses e sem regras, fronteiras
escreve como se estivesses apaixonado e destroçado,
simultaneamente,
como se a alma te saltasse do peito arrastando o coração
como se os olhos brilhassem como em miúdo,
os sonhos em riste e os sorrisos fáceis
escreve como nunca deixaste de escrever,
com tudo de ti e a consciência de nada,
que escrevas sempre assim,
como faças tudo
Escreve com alma
pois alma é o que és e o que serás,
escreve sempre
como nadar no Oceano, correr a sentir o vento na face,
beijar como a primeira vez,
sonhar como se amanhã pudesse sempre ser melhor
Escreve pois um dia alguém poderá correr o risco de ler,
matutar nas tuas palavras,
pensar o Mundo e,
ao pensá-lo
mudá-lo um bocadinho mais, para melhor
Escreve para não te perderes,
para te encontrares e te deixares encontrar,
se aos olhos de outrém pareceres distante diz-lhes que te leiam
se não o conseguem fazê-lo na superfície da tua alma
Escreve para ti e para os outros,
para que não percas o Norte ao que importa,
para os sonhos que te dão ritmo e
para os que são quem dizem ser
Escreve como se não precisasses,
como se não gostasses e sem regras, fronteiras
escreve como se estivesses apaixonado e destroçado,
simultaneamente,
como se a alma te saltasse do peito arrastando o coração
como se os olhos brilhassem como em miúdo,
os sonhos em riste e os sorrisos fáceis
escreve como nunca deixaste de escrever,
com tudo de ti e a consciência de nada,
que escrevas sempre assim,
como faças tudo
Escreve com alma
pois alma é o que és e o que serás,
escreve sempre
24.11.10
"Incurably Himself"
À ficção reconheço menos lacunas
confortavelmente ignoradas pelo autor,
destinado a deixar de parte quaisquer pontos entediantes que possam condenar ao pó e esquecimento
facto,
a realidade do quotidiano é afectada, está afectada
não sei se lhe chame doente,
tantas as horas que esquecemos o que é importante,
de que é feita efectivamente a existência,
enquanto preocupados com o que passa na TV, no conforto dos nossos sofás a desfrutar da vida,
como se viver fosse efectivamente assim,
por momentos,
um qualquer lugar parado onde nos tenhamos esquecido de viver, sentir, pensar, experienciar
dias há em que acordo fora de foco,
mas não esquecido
não desconectado do que me importa e do que me faz ser
eu
há no Mundo quem esqueça que coisas têm consequências,
as faladas, feitas,
como se nada importasse e tudo valesse a pena colocar na linha
assim vou de acordo ao dito
"Se um dia conheceres alguém solitário não é porque lhes dê gosto ser assim. É porque tentaram por demais vezes integrar-se no Mundo e este continua a desapontá-los."
a desilusão não nasce na forma,
mas na quase certeza de que está para acontecer como inevitavelmente acontece,
de que a previsibilidade se tenha quase tornado um factor comum nas pessoas e na forma como lidam umas com as outras,
tão certas de terem todas as cartas na mão,
as respostas na ponta da língua,
o susposto controlo de uma qualquer situação
a quem quer que viva dessas ilusões,
lamento
o Tango continua...
confortavelmente ignoradas pelo autor,
destinado a deixar de parte quaisquer pontos entediantes que possam condenar ao pó e esquecimento
facto,
a realidade do quotidiano é afectada, está afectada
não sei se lhe chame doente,
tantas as horas que esquecemos o que é importante,
de que é feita efectivamente a existência,
enquanto preocupados com o que passa na TV, no conforto dos nossos sofás a desfrutar da vida,
como se viver fosse efectivamente assim,
por momentos,
um qualquer lugar parado onde nos tenhamos esquecido de viver, sentir, pensar, experienciar
dias há em que acordo fora de foco,
mas não esquecido
não desconectado do que me importa e do que me faz ser
eu
há no Mundo quem esqueça que coisas têm consequências,
as faladas, feitas,
como se nada importasse e tudo valesse a pena colocar na linha
assim vou de acordo ao dito
"Se um dia conheceres alguém solitário não é porque lhes dê gosto ser assim. É porque tentaram por demais vezes integrar-se no Mundo e este continua a desapontá-los."
a desilusão não nasce na forma,
mas na quase certeza de que está para acontecer como inevitavelmente acontece,
de que a previsibilidade se tenha quase tornado um factor comum nas pessoas e na forma como lidam umas com as outras,
tão certas de terem todas as cartas na mão,
as respostas na ponta da língua,
o susposto controlo de uma qualquer situação
a quem quer que viva dessas ilusões,
lamento
o Tango continua...
18.11.10
Status
Status é imbecilidade,
importa lembrar o que somos efectivamente,
da pele que feitos, dos sentimentos que nos movem e mais,
das motivações que nos levam a algo
consumidos por estes Mundos menos palpáveis,
de gentes que são perfis,
de fotos que substituem rostos e expressões,
de caracteres que ficam no lugar de palavras,
Nunca por momento algum alguém julgue ser dono de alguém,
vezes muitas nem de si mesmos
mas assumir que somos pertença de outrém, que o Mundo que é nosso e apenas nosso por momentos aberto
não se torna automaticamente pertença alheia,
como se fosse mais um apetrecho,
não é
são vidas e são escolhas,
maior que elas somos nós, o nosso carácter, sermos fiéis a nós mesmos
valorizarmos mais um sorriso e o carácter que uma qualquer imbecil característica física,
assumirmos mais facilmente as nossas fragilidades que promover as nossas forças,
mas não,
em muitas vezes a vida é feita de ouvidos que não ouvem,
de olhos que não querem ver
é feita em muitas imensas vezes de corações que não sentem,
porque simplesmente não querem sentir
sejamos fiéis então,
a nós próprios
Escrito por um Ser feito de pele e alma. Mais alma que pele.
importa lembrar o que somos efectivamente,
da pele que feitos, dos sentimentos que nos movem e mais,
das motivações que nos levam a algo
consumidos por estes Mundos menos palpáveis,
de gentes que são perfis,
de fotos que substituem rostos e expressões,
de caracteres que ficam no lugar de palavras,
Nunca por momento algum alguém julgue ser dono de alguém,
vezes muitas nem de si mesmos
mas assumir que somos pertença de outrém, que o Mundo que é nosso e apenas nosso por momentos aberto
não se torna automaticamente pertença alheia,
como se fosse mais um apetrecho,
não é
são vidas e são escolhas,
maior que elas somos nós, o nosso carácter, sermos fiéis a nós mesmos
valorizarmos mais um sorriso e o carácter que uma qualquer imbecil característica física,
assumirmos mais facilmente as nossas fragilidades que promover as nossas forças,
mas não,
em muitas vezes a vida é feita de ouvidos que não ouvem,
de olhos que não querem ver
é feita em muitas imensas vezes de corações que não sentem,
porque simplesmente não querem sentir
sejamos fiéis então,
a nós próprios
Escrito por um Ser feito de pele e alma. Mais alma que pele.
16.11.10
Remendos Mil
Podemos curar muita coisa,
facilmente fazer sorrir o rosto mais fechado,
pousar a mão na de outrém e curar-lhe a ansiedade, o coração e as expectativas feridas,
podemos beijar-lhes os olhos e curar-lhes a solidão,
lembrarmo-nos deles e em pequenas coisas curar-lhes os dias frios e vazios
podemos curar muita coisa com o sorrir que nos vai dentro,
com uma luz,
essa força nossa em optimizar coisas,
não podemos,
enfim,
curar tudo e todos
coisas há a que as pessoas se agarram,
inseguranças suas que projectam nos outros
contra os outros
que nos consomem, consomem a elas e a tudo o que as rodeia,
julgo não errar quando digo que a insegurança é o cancro da felicidade,
voraz e impiedosa destrói tudo à sua passagem,
ignorando vozes, memórias, frases, até a luz do coração dos outros
segue imparável um caminho que julgo e juro,
só poderá terminar num qualquer abismo
podemos curar muita coisa,
antes de nos lançarmos à conquista temos de dominar os nossos medos,
pisar as nossas inseguranças e acreditar que só na melhor das chances, no melhor da nossa versão de nós mesmos seremos assim capazes de ser felizes,
para mais tarde pensar em fazer alguém feliz
atalhar portanto assim ao coração alheio não mais é que lhe atentar,
destruir sem remédio aquilo que se constrói com esforço e tempo,
aquilo que fica irremediavelmente irremendável
boa noite..
facilmente fazer sorrir o rosto mais fechado,
pousar a mão na de outrém e curar-lhe a ansiedade, o coração e as expectativas feridas,
podemos beijar-lhes os olhos e curar-lhes a solidão,
lembrarmo-nos deles e em pequenas coisas curar-lhes os dias frios e vazios
podemos curar muita coisa com o sorrir que nos vai dentro,
com uma luz,
essa força nossa em optimizar coisas,
não podemos,
enfim,
curar tudo e todos
coisas há a que as pessoas se agarram,
inseguranças suas que projectam nos outros
contra os outros
que nos consomem, consomem a elas e a tudo o que as rodeia,
julgo não errar quando digo que a insegurança é o cancro da felicidade,
voraz e impiedosa destrói tudo à sua passagem,
ignorando vozes, memórias, frases, até a luz do coração dos outros
segue imparável um caminho que julgo e juro,
só poderá terminar num qualquer abismo
podemos curar muita coisa,
antes de nos lançarmos à conquista temos de dominar os nossos medos,
pisar as nossas inseguranças e acreditar que só na melhor das chances, no melhor da nossa versão de nós mesmos seremos assim capazes de ser felizes,
para mais tarde pensar em fazer alguém feliz
atalhar portanto assim ao coração alheio não mais é que lhe atentar,
destruir sem remédio aquilo que se constrói com esforço e tempo,
aquilo que fica irremediavelmente irremendável
boa noite..
3.11.10
Em Poeirada
movido por uma atípica curiosidade revolvi algumas memórias empoeiradas
uma tal que reside numa espécie de cápsula de tempo onde uma enorme fotografia relembra um dia que sei qual é aliado a um sentimento que creio ainda me recordar qual fora
inevitavelmente as rugas em volta dos meus olhos contraíram-se, os olhos mais cerrados
sorri
relembrei um dia mais jovem, menos apto, mais esperançoso, igualmente difícil de aturar
escritos para sempre,
não os sonhos que se escrevem, mas as palavras, essas sim durarão mais que nós se bem estimadas
não sei se é assim feito o Mundo de todas as pessoas em pequenos tesouros,coisas que nos remetem para as pessoas mais especiais do nosso Mundo,
ainda que agora e temporaria ou permanentemente sumidas,
para os sorrisos, dificuldades, desavenças e sonhos desses dias que pareciam intermináveis
e são,
em dada medida são e sempre serão
a base que me inspira, que me remete a tudo o que sei hoje
as coisas que vos poderia dizer de um coração que ainda tem uma quota parte de puro,
mas não diz porque o tempo passa
e não há mal nisso, é o que o tempo faz
reservo o direito de continuar a enriquecer os meus tesouros conforme a vida assim o entendermas que não volte jamais a esquecer como em dias esqueci
as estrelícias continuam a ser uma flor deveras especial, deveras única
como algumas pessoas no Mundo,
que continuem a ser assim feitas de boas energias, sorridentes,
felizes como numa imagem,
seja ela de papel ou de sonho
empoeirada ou viva,
como se fosse ontem
I wish all those of you nothing but the best, as I always have, no matter what my own defenses have led me to do or say. Be happy!
28.10.10
A Ser (ainda aqui)
Tempo,
somos apenas tempo,
o dispêndio quotidiano, gasto em absurdos mil
o restante, passado em desejos e anseios
por fim o essencial, uma ténue amostra de todo o tempo que nos sobra,
passado em puro deleite,
em lábios alheios que são por tempo nossos, em pele alheia que é por dedos nossa,
a casa a que ansiamos regressar e ficar por mais tempo, mais profunda e confortavelmente
mas tempo somos,
gastando o meu em nadas e pedaços de nadas,
em mãos-cheias de nada, palavras ocas, salas silenciosas e noites de batalha minha e minha apenas com os lençóis
recordava-me no outro dia de demónios,
aqueles que carregamos connosco vida fora, existência, imprudentes demónios
as coisas que nos devoram a alma, os Passados que não se deitam fora,
um homem pode aprender muito com a vida e muito com o Passado porém, se se agarrar em demasia a qualquer uma de ambas corre o risco de perder o que tem passando a existir num paralelo, numa dimensão que não a dele, onde não ele
aos demónios e ao tempo,
a nós homens, vocês mulheres,
que se parem os relógios
se deixem de lado coisas simples como o acordar, ir trabalhar, ir às compras e fazer o jantar,
que se tire ocasionalmente um dia ou não tão ocasionalmente dois ou três,
para se perderem e descobrirem,
onde quer que queiram e da forma que queiram
quem são e de que são feitos,
antes que o tempo, esse ignóbil incontornável
das duas uma vos faça sem dó nem piedade esquecer
ou ajustando contas vos traga à crua realidade que um dia,
bem nesse dia,
não terão mais tempo para ser
somos apenas tempo,
o dispêndio quotidiano, gasto em absurdos mil
o restante, passado em desejos e anseios
por fim o essencial, uma ténue amostra de todo o tempo que nos sobra,
passado em puro deleite,
em lábios alheios que são por tempo nossos, em pele alheia que é por dedos nossa,
a casa a que ansiamos regressar e ficar por mais tempo, mais profunda e confortavelmente
mas tempo somos,
gastando o meu em nadas e pedaços de nadas,
em mãos-cheias de nada, palavras ocas, salas silenciosas e noites de batalha minha e minha apenas com os lençóis
recordava-me no outro dia de demónios,
aqueles que carregamos connosco vida fora, existência, imprudentes demónios
as coisas que nos devoram a alma, os Passados que não se deitam fora,
um homem pode aprender muito com a vida e muito com o Passado porém, se se agarrar em demasia a qualquer uma de ambas corre o risco de perder o que tem passando a existir num paralelo, numa dimensão que não a dele, onde não ele
aos demónios e ao tempo,
a nós homens, vocês mulheres,
que se parem os relógios
se deixem de lado coisas simples como o acordar, ir trabalhar, ir às compras e fazer o jantar,
que se tire ocasionalmente um dia ou não tão ocasionalmente dois ou três,
para se perderem e descobrirem,
onde quer que queiram e da forma que queiram
quem são e de que são feitos,
antes que o tempo, esse ignóbil incontornável
das duas uma vos faça sem dó nem piedade esquecer
ou ajustando contas vos traga à crua realidade que um dia,
bem nesse dia,
não terão mais tempo para ser
7.9.10
Reflecte
São 03:20 e vim de beber palavras,
das que rumam ao quotidiano, às vivências alheias de quem aparentemente tem mais vida que eu
ironicamente em noites assim todo o Ser aparenta ter mais vida que eu
mesmo o que não tem
bebidas as mesmas, reflectidas durante os segundos e meio que demora a ligar estes fios cá dentro aos que ligam aos dedos eléctricos definho-me com algumas poucas ideias que serão dentro de instantes limpas,
ao adormecer
porque existe no Mundo quem beba atenção?
na ausência de amizade, amor, interesse, um tal toque nem que ténue seja de humanidade qual será porventura o sentido de nos tocarem a existência de forma ocasional mesmo que nem para nada seja
ou menos de nada
ao sentirmo-nos tocados, eu e seres que como eu, das duas uma
provoca um sentimento de nostalgia associado a todos os outros seres que vivem de toques esporádicos ausentes ou não
ou porventura
um sentimento de desprezo misturado com algo malévolo, deveras negro ao ponto de não querer por aqui deambular acerca do que me cruza a mente nas ditas ocasiões
certa é a questão,
pessoas essas que como são,
adoram tocar e ser tocadas, um momentinho de atenção agora faxavor e uma bica, embrulhe-me o bolo de arroz
não acrescentam nada de imenso, não arrasam a linguística para nos sweep off our feet,
isso não
mas vivem destas merdices e merdinhas que acabam por não ser um complemento de um dia ou fim de noite,
que não são uma saudade, um beijo, um abraço ou um querer saber
são antes um olhar ao espelho,
um pouco de nada para neles preencher um qualquer nada
ao dizer que não quero saber não é porque não queira,
é apenas porque me recuso a ser
mais uma pessoa a olhar um espelho
e ver uma imagem,
vazia
das que rumam ao quotidiano, às vivências alheias de quem aparentemente tem mais vida que eu
ironicamente em noites assim todo o Ser aparenta ter mais vida que eu
mesmo o que não tem
bebidas as mesmas, reflectidas durante os segundos e meio que demora a ligar estes fios cá dentro aos que ligam aos dedos eléctricos definho-me com algumas poucas ideias que serão dentro de instantes limpas,
ao adormecer
porque existe no Mundo quem beba atenção?
na ausência de amizade, amor, interesse, um tal toque nem que ténue seja de humanidade qual será porventura o sentido de nos tocarem a existência de forma ocasional mesmo que nem para nada seja
ou menos de nada
ao sentirmo-nos tocados, eu e seres que como eu, das duas uma
provoca um sentimento de nostalgia associado a todos os outros seres que vivem de toques esporádicos ausentes ou não
ou porventura
um sentimento de desprezo misturado com algo malévolo, deveras negro ao ponto de não querer por aqui deambular acerca do que me cruza a mente nas ditas ocasiões
certa é a questão,
pessoas essas que como são,
adoram tocar e ser tocadas, um momentinho de atenção agora faxavor e uma bica, embrulhe-me o bolo de arroz
não acrescentam nada de imenso, não arrasam a linguística para nos sweep off our feet,
isso não
mas vivem destas merdices e merdinhas que acabam por não ser um complemento de um dia ou fim de noite,
que não são uma saudade, um beijo, um abraço ou um querer saber
são antes um olhar ao espelho,
um pouco de nada para neles preencher um qualquer nada
ao dizer que não quero saber não é porque não queira,
é apenas porque me recuso a ser
mais uma pessoa a olhar um espelho
e ver uma imagem,
vazia
14.8.10
Digital (Electric) Dreams
O Mundo não está morto,
move-se à velocidade da luz, de um 3G, de um SMS, de um chat, uma MMS,
aterro na Turquia e sei quem comentou o que comi ao pequeno-almoço,
adormeço com batidas binaurais a influenciar o meu estado de espírito com a ajuda do iPhone,
cronometro o tempo para o café Colombiano que a máquina fará por mim,
faço o check-in para mais um vôo ao sair de casa em vez de picar o ponto no escritório,
acompanho o dia-a-dia de amigos através de fotos, status, "I like"
o que me faz temer o dia-a-dia não é a tecnologia,
essa da qual faço parte, que me envolve, que me acompanha desde que acordo até adormecer.
O que me estremece a alma é a solidão que assola milhões de pessoas,
escondidas atrás de ecrãs, de palavras escritas em 160 caracteres, de mais uma foto mais ou menos provocante,
de escudos digitais colocados à alma,
desta muralha de gente que sinto tão só, tão perdida, tão sem vida no corpo,
de quão ágeis de mãos a escrever num teclado como eu, no último telefone cheio de artimanhas que garantem,
nos colocarão mais próximos
apraz-me assim e à alma disconectar-me por tempo indeterminado de coisas,
o telefone que acompanha apenas para colocar os amigos no devido lugar à devida hora,
para rumar a uma praia, a um céu azul, a um espaço aberto sem letras, sem luzes, sem marcas
rumo assim não direito a um lugar mas um ideal
porque a liberdade é a de sentir coração e alma abertos,
são sensações, é coração aos pulos, é sorrir sem ter para onde querer ir porque estamos lá
e lá é onde nos devemos encontrar sempre,
se nos encontremos e ao que somos
nunca nos poderemos no meio de tudo isto,
disto que vos falei,
perder
..e não me coloco com isto diferente, distante, distintamente longe de estar só ou de me sentir só. Que apenas nunca deixem ao Mundo estragar os sonhos, roubar, pois a todo o momento tentará. Como tentarão os outros, esses. Que se agarrem aos sonhos mais que à vida. Pois uma vida sem sonhos é a coisa mais devastadora que existe. E ninguém merece ser devastado. Jamais.
move-se à velocidade da luz, de um 3G, de um SMS, de um chat, uma MMS,
aterro na Turquia e sei quem comentou o que comi ao pequeno-almoço,
adormeço com batidas binaurais a influenciar o meu estado de espírito com a ajuda do iPhone,
cronometro o tempo para o café Colombiano que a máquina fará por mim,
faço o check-in para mais um vôo ao sair de casa em vez de picar o ponto no escritório,
acompanho o dia-a-dia de amigos através de fotos, status, "I like"
o que me faz temer o dia-a-dia não é a tecnologia,
essa da qual faço parte, que me envolve, que me acompanha desde que acordo até adormecer.
O que me estremece a alma é a solidão que assola milhões de pessoas,
escondidas atrás de ecrãs, de palavras escritas em 160 caracteres, de mais uma foto mais ou menos provocante,
de escudos digitais colocados à alma,
desta muralha de gente que sinto tão só, tão perdida, tão sem vida no corpo,
de quão ágeis de mãos a escrever num teclado como eu, no último telefone cheio de artimanhas que garantem,
nos colocarão mais próximos
apraz-me assim e à alma disconectar-me por tempo indeterminado de coisas,
o telefone que acompanha apenas para colocar os amigos no devido lugar à devida hora,
para rumar a uma praia, a um céu azul, a um espaço aberto sem letras, sem luzes, sem marcas
rumo assim não direito a um lugar mas um ideal
porque a liberdade é a de sentir coração e alma abertos,
são sensações, é coração aos pulos, é sorrir sem ter para onde querer ir porque estamos lá
e lá é onde nos devemos encontrar sempre,
se nos encontremos e ao que somos
nunca nos poderemos no meio de tudo isto,
disto que vos falei,
perder
..e não me coloco com isto diferente, distante, distintamente longe de estar só ou de me sentir só. Que apenas nunca deixem ao Mundo estragar os sonhos, roubar, pois a todo o momento tentará. Como tentarão os outros, esses. Que se agarrem aos sonhos mais que à vida. Pois uma vida sem sonhos é a coisa mais devastadora que existe. E ninguém merece ser devastado. Jamais.
1.8.10
Enlighten Me
Na vida cruzaremos milhentas vezes caminho com pessoas milhentas,
das que nos conquistarão com sorrisos, com gestos e olhares, com maneiras de ser afáveis e inspiradoras de confiança
outras que não passarão da primeira impressão,
essa de que tanto se escreveu e pintou na vida
e devotaremos ao esquecimento ou a uma listinha negra de detestáveis
entre todos estes jogos de amor-ódio e indecisões e períodos de decisão acerca de quem é o quê, do que interessa e para quê, de quem é o que é e de quem finge ser o que não,
que nos mantenhamos imunes,
iguais a nós mesmos, irredutíveis na nossa maneira de ser, honestos para connosco no nosso espírito empírico
ao que parece cansei de sorrisos fáceis,
de gente aparentemente adorável, afável, incapaz de ao primeiro ponto de pressão não demonstrar que todo aquele show-off não faz de todo a sua personalidade
cansa-me os que se lembram de outrém por favor,
dos minorismos existenciais e que nos amputam a alma de tal forma que tornam a existência enfadonha
agradecendo aos céus momentos enfim a sós em vez de por seres assim acompanhado
nada mudou,
o sossego é um dos pilares da felicidade,
aliado às poucas pessoas que permitimos no nosso Mundo, em prismas de boa vivência, existencialismos fáceis e fluidos, em suma sem confusões
aos lugares-comuns da humanidade teremos de julgar com pena pelo potencial desperdiçado,
pelas vivências que se perdem, que se consomem em coisas, lugares e pessoas desinteressantes e situações sempre iguais, cópias de outras que elas mesmas de outras
dias há em que me preenche esta sensação de que o Mundo tem vários ritmos,
que ninguém efectivamente está ligado ao ponto que julga estar, que pinta estar,
que os eternamentes são apenas para as rochas, para o Universo
nós, na nossa insignificante persistência de existir
colocamos assim nomes, adjectivos, palavras ao Mundo, às coisas, às pessoas e em suma à vida
talvez assim nos tornemos um pouco mais eternos
menos triviais
das que nos conquistarão com sorrisos, com gestos e olhares, com maneiras de ser afáveis e inspiradoras de confiança
outras que não passarão da primeira impressão,
essa de que tanto se escreveu e pintou na vida
e devotaremos ao esquecimento ou a uma listinha negra de detestáveis
entre todos estes jogos de amor-ódio e indecisões e períodos de decisão acerca de quem é o quê, do que interessa e para quê, de quem é o que é e de quem finge ser o que não,
que nos mantenhamos imunes,
iguais a nós mesmos, irredutíveis na nossa maneira de ser, honestos para connosco no nosso espírito empírico
ao que parece cansei de sorrisos fáceis,
de gente aparentemente adorável, afável, incapaz de ao primeiro ponto de pressão não demonstrar que todo aquele show-off não faz de todo a sua personalidade
cansa-me os que se lembram de outrém por favor,
dos minorismos existenciais e que nos amputam a alma de tal forma que tornam a existência enfadonha
agradecendo aos céus momentos enfim a sós em vez de por seres assim acompanhado
nada mudou,
o sossego é um dos pilares da felicidade,
aliado às poucas pessoas que permitimos no nosso Mundo, em prismas de boa vivência, existencialismos fáceis e fluidos, em suma sem confusões
aos lugares-comuns da humanidade teremos de julgar com pena pelo potencial desperdiçado,
pelas vivências que se perdem, que se consomem em coisas, lugares e pessoas desinteressantes e situações sempre iguais, cópias de outras que elas mesmas de outras
dias há em que me preenche esta sensação de que o Mundo tem vários ritmos,
que ninguém efectivamente está ligado ao ponto que julga estar, que pinta estar,
que os eternamentes são apenas para as rochas, para o Universo
nós, na nossa insignificante persistência de existir
colocamos assim nomes, adjectivos, palavras ao Mundo, às coisas, às pessoas e em suma à vida
talvez assim nos tornemos um pouco mais eternos
menos triviais
24.7.10
Até a Desgraça Tem o Seu Quê de Graça
Que a humanidade tem o seu quê de estúpida é um facto,
o que não é facto é o de nós, gente que supostamente sensível e de inteligência moderada,
termos de suportar, tolerar,
em suma aturar
toda a santa estupidez que nos bate à porta a todo o momento da vida
reger a vida pelo sagrado mandamento de que a liberdade do amigo e amiga do lado termina onde começa a minha é deveras satisfatório
sendo que sou orgulhosamente ser asocial, extremamente profissionalmente social, até por vezes deveras em tempos de folga, recordo-me todos os dias da outra que vagamente conheci por dias apenas em que todo o ser era mágico, toda a oportunidade social um momento fantástico e as pessoas eram todas lindas, belas, fascinantes e qualquer não-assumpção de tal facto de tão óbvio só poderia ser reflexo de caretice
explicar a gente assim que as 600 pessoas que conheci, vaga ou não mente hoje
mais os outros três a cinco colegas diários e os amigos e amigas deles me fazem porém perito em pessoas,
em situações sociais, em infantilidades, em parvoíces e estupidez a fio
esquecer este detalhe acerca de mim é assumir que sou um qualquer parolo que vive confinado às fronteiras de um qualquer País periférico da Europa Ocidental que, convenhamos,
ainda que o adore
não deixa de ser de um terceiro-mundismo que muitas vezes nem os jovens pós-modernos que raramente ou nunca saltaram fronteiras o podem salvar
não sou mais que ninguém,
não quero ser
quero respeito às fronteiras que coloco no Mundo,
violá-las com o intuito de provocar em mim as piores reacções é estar na lista negra
a lista negra de alguém assim é um lugar onde se entra para não mais sair,
é um atestado de estupidez para a vida,
um selo de mediocridade a juntar aos demais puppets que povoam ruas, enchem centros comerciais, exibem a última moda copiada do cromo da bola e falam de coisas que nunca viveram, nunca experienciaram na pele
as linhas que colocamos na existência servem para nos resguardar,
se lá estão com um propósito devem ser entendidas assim,
como um lugar próprio de gente própria,
nunca medidas ao nível da estupidez alheia de quem vos rodeia
o que não é facto é o de nós, gente que supostamente sensível e de inteligência moderada,
termos de suportar, tolerar,
em suma aturar
toda a santa estupidez que nos bate à porta a todo o momento da vida
reger a vida pelo sagrado mandamento de que a liberdade do amigo e amiga do lado termina onde começa a minha é deveras satisfatório
sendo que sou orgulhosamente ser asocial, extremamente profissionalmente social, até por vezes deveras em tempos de folga, recordo-me todos os dias da outra que vagamente conheci por dias apenas em que todo o ser era mágico, toda a oportunidade social um momento fantástico e as pessoas eram todas lindas, belas, fascinantes e qualquer não-assumpção de tal facto de tão óbvio só poderia ser reflexo de caretice
explicar a gente assim que as 600 pessoas que conheci, vaga ou não mente hoje
mais os outros três a cinco colegas diários e os amigos e amigas deles me fazem porém perito em pessoas,
em situações sociais, em infantilidades, em parvoíces e estupidez a fio
esquecer este detalhe acerca de mim é assumir que sou um qualquer parolo que vive confinado às fronteiras de um qualquer País periférico da Europa Ocidental que, convenhamos,
ainda que o adore
não deixa de ser de um terceiro-mundismo que muitas vezes nem os jovens pós-modernos que raramente ou nunca saltaram fronteiras o podem salvar
não sou mais que ninguém,
não quero ser
quero respeito às fronteiras que coloco no Mundo,
violá-las com o intuito de provocar em mim as piores reacções é estar na lista negra
a lista negra de alguém assim é um lugar onde se entra para não mais sair,
é um atestado de estupidez para a vida,
um selo de mediocridade a juntar aos demais puppets que povoam ruas, enchem centros comerciais, exibem a última moda copiada do cromo da bola e falam de coisas que nunca viveram, nunca experienciaram na pele
as linhas que colocamos na existência servem para nos resguardar,
se lá estão com um propósito devem ser entendidas assim,
como um lugar próprio de gente própria,
nunca medidas ao nível da estupidez alheia de quem vos rodeia
10.7.10
Dias há,
muitos
em que não sinto carne e osso,
por momentos que julgo praticamente eternos quase nem alma,
ou nem toda,
não a que se sente ligada à gente, aos momentos de pessoas que nos abraçam como se nunca tivéssemos partido,
hoje escrevo em tom de desculpa não sei,
certamente em tom de luz que cai sobre mim enquanto me expresso e ao que me move,
ao que me carrega pela vida e tem infelizmente carregado a existência,
essa de tão rica e por vezes tão aborrecidamente só que não sei,
gostava de a mudar
podia mudar as cores do céu e o banco do meu carro onde coloco a minha agora nova e inseparável mala tira-colo verde onde guardo os meus vitais,
ouviria ao pôr-do-sol contigo o maybe tomorrow dos Stereophonics e esqueceria inseguranças, lugares, pessoas, esqueceria até o que me levou eternidades a compreender como felicidade,
esta curta expressão que conquistei para mim
não sei onde me vai levar a vida nem o Mundo,
mas quero saber
enquanto o Sol mergulha novamente nesse Mar a Oeste de Portugal imagino lá fora quem em mim depositou ou deposita ainda pensamentos a fio,
da alma que deposito algures
prevejo pôres-do-sol a fio sem saber o amanhã,
sem que me coloque de um lado ou do outro da barreira
não fui a lugar algum, estou aqui
onde quer que isso seja
aqui
prevejo que ser livre seja assim dolorosamente para a humanidade,
um conceito que nos apraz mas cuja realidade seja bem menos romântica,
bem mais selvagem,
mais indomável,
que amar a liberdade seja a expressão disso, sem lugares e amarras,
que gostemos uns dos outros na essência do que são,
afinal de contas é tudo o que somos,
pura essência
muitos
em que não sinto carne e osso,
por momentos que julgo praticamente eternos quase nem alma,
ou nem toda,
não a que se sente ligada à gente, aos momentos de pessoas que nos abraçam como se nunca tivéssemos partido,
hoje escrevo em tom de desculpa não sei,
certamente em tom de luz que cai sobre mim enquanto me expresso e ao que me move,
ao que me carrega pela vida e tem infelizmente carregado a existência,
essa de tão rica e por vezes tão aborrecidamente só que não sei,
gostava de a mudar
podia mudar as cores do céu e o banco do meu carro onde coloco a minha agora nova e inseparável mala tira-colo verde onde guardo os meus vitais,
ouviria ao pôr-do-sol contigo o maybe tomorrow dos Stereophonics e esqueceria inseguranças, lugares, pessoas, esqueceria até o que me levou eternidades a compreender como felicidade,
esta curta expressão que conquistei para mim
não sei onde me vai levar a vida nem o Mundo,
mas quero saber
enquanto o Sol mergulha novamente nesse Mar a Oeste de Portugal imagino lá fora quem em mim depositou ou deposita ainda pensamentos a fio,
da alma que deposito algures
prevejo pôres-do-sol a fio sem saber o amanhã,
sem que me coloque de um lado ou do outro da barreira
não fui a lugar algum, estou aqui
onde quer que isso seja
aqui
prevejo que ser livre seja assim dolorosamente para a humanidade,
um conceito que nos apraz mas cuja realidade seja bem menos romântica,
bem mais selvagem,
mais indomável,
que amar a liberdade seja a expressão disso, sem lugares e amarras,
que gostemos uns dos outros na essência do que são,
afinal de contas é tudo o que somos,
pura essência
8.7.10
"A seguir.."
01h06 em Portugal Continental,
dizia ontem em tom de parvoíce que três noites, três camas, a vida do tripulante que dia 6 dorme em Málaga, dia 7 em Londres, dia 8 em Lisboa falsa, lugar ao qual chamo Lisboa para centralizar mais a imaginação de quem possa eventualmente, seguir-me
ou para os que não me conhecem a não ser desta janela, que não me detectem numa proximidade
hoje
ou ontem caso estejam a prestar atenção
venho a descobrir que sou Boa Onda,
como se fôra para mim novidade o meu despegue com as coisas que regem a existência, derivados como a expectativa e as interrogações que nos tiram o sono admito,
não me recordo da última vez que algo me deixou sem dormir considerando
mortes, separações dolorosas, discussões imprevisíveis e devastadoras, mudanças de países, de emprego, de casa, de expectativas futuras para o quer que seja
não tira
descobri ainda por mero acaso que tenho quatro seguidores registados no meu blog,
dos quais presumo um assíduo, dos quais calculo um não registado, dos quais o ocasional
três frequentes, adiante, sorriso e ponto.
a boa onda é-me por vezes ser estranho, corpo estranho entranhado na pele, na alma, na forma de ser que sabe que os olhos de miúdo sorriem com aquele pôr-do-sol, com a frente da prancha a furar uma onda no sentido de quem batalha o mar, com aquele abraço à pessoa amiga que raios partam faz tempo que não consigo tempo ter para estar com,
não me questionem acerca de amor, esse que idealizo em livros e filmes, que seria capaz de pintar e acerca do qual escrever horas a fio porque o meu não é o vosso nem o vosso o meu
sempre achei o amor uma coisa deveras pessoal e só nossa, daquelas que estão secretamente codificadas, como a marca habitual do desodorizante que usamos ou onde a rapariga nos nossos sonhos esconde a lâmina com que alisa as pernas
dou por mim ainda assim sem perder o sono sem sentir que tenha que justificar este amor que tenho em mim a ninguém, gostando de toda a gente de forma a que acho que de mim gostam mas sem amar,
na medida habitual, no standard, no random, no amor que está mesurado socialmente
aquele que não é demais nem a menos, que não é uniforme, que está de tal forma padronizado que qualquer outro não é aceite,
enquanto a Diana se ria das minhas parvoíces a 38.000 pés hoje e me dizia "..tu és efectivamente estranho" não posso deixar de largar sorriso concordante,
se sou
se sou estranho!
se o Mundo não me sabe estranho, não me atende estranho, não me acolhe estranho então que tédio de existência, onde a loucura não tenha luz verde,
onde tudo esteja já mesurado e vivido, testado à lupa de laboratório,
nós todos ratos no labirinto, a medida de queijo e a rodinha
eu não,
boa onda
o Mundo a passar e a vida ao lado dele, de olhos postos no horizonte sem perder o sono, o bom humor, a amabilidade com que rejo cá dentro o meu e só meu,
o meu amor,
pela vida e pelas pessoas, pelo que me move aos confins,
pelo que me faz saltar da cama mais cedo, pelo que me faz percorrer quilómetros a fio,
que seja assim mesmo como o quero,
o meu amor,
uma boa onda
e sem apartes, sem duplos sentidos para que saibas que é para ti, a boa onda é limpa, é transparente e como onda que é, como aquelas que se usam para surfar, que tires dela o melhor, o pior, que entres nela ou esperes a próxima, uma onda é isso mesmo, o que fazemos dela
dizia ontem em tom de parvoíce que três noites, três camas, a vida do tripulante que dia 6 dorme em Málaga, dia 7 em Londres, dia 8 em Lisboa falsa, lugar ao qual chamo Lisboa para centralizar mais a imaginação de quem possa eventualmente, seguir-me
ou para os que não me conhecem a não ser desta janela, que não me detectem numa proximidade
hoje
ou ontem caso estejam a prestar atenção
venho a descobrir que sou Boa Onda,
como se fôra para mim novidade o meu despegue com as coisas que regem a existência, derivados como a expectativa e as interrogações que nos tiram o sono admito,
não me recordo da última vez que algo me deixou sem dormir considerando
mortes, separações dolorosas, discussões imprevisíveis e devastadoras, mudanças de países, de emprego, de casa, de expectativas futuras para o quer que seja
não tira
descobri ainda por mero acaso que tenho quatro seguidores registados no meu blog,
dos quais presumo um assíduo, dos quais calculo um não registado, dos quais o ocasional
três frequentes, adiante, sorriso e ponto.
a boa onda é-me por vezes ser estranho, corpo estranho entranhado na pele, na alma, na forma de ser que sabe que os olhos de miúdo sorriem com aquele pôr-do-sol, com a frente da prancha a furar uma onda no sentido de quem batalha o mar, com aquele abraço à pessoa amiga que raios partam faz tempo que não consigo tempo ter para estar com,
não me questionem acerca de amor, esse que idealizo em livros e filmes, que seria capaz de pintar e acerca do qual escrever horas a fio porque o meu não é o vosso nem o vosso o meu
sempre achei o amor uma coisa deveras pessoal e só nossa, daquelas que estão secretamente codificadas, como a marca habitual do desodorizante que usamos ou onde a rapariga nos nossos sonhos esconde a lâmina com que alisa as pernas
dou por mim ainda assim sem perder o sono sem sentir que tenha que justificar este amor que tenho em mim a ninguém, gostando de toda a gente de forma a que acho que de mim gostam mas sem amar,
na medida habitual, no standard, no random, no amor que está mesurado socialmente
aquele que não é demais nem a menos, que não é uniforme, que está de tal forma padronizado que qualquer outro não é aceite,
enquanto a Diana se ria das minhas parvoíces a 38.000 pés hoje e me dizia "..tu és efectivamente estranho" não posso deixar de largar sorriso concordante,
se sou
se sou estranho!
se o Mundo não me sabe estranho, não me atende estranho, não me acolhe estranho então que tédio de existência, onde a loucura não tenha luz verde,
onde tudo esteja já mesurado e vivido, testado à lupa de laboratório,
nós todos ratos no labirinto, a medida de queijo e a rodinha
eu não,
boa onda
o Mundo a passar e a vida ao lado dele, de olhos postos no horizonte sem perder o sono, o bom humor, a amabilidade com que rejo cá dentro o meu e só meu,
o meu amor,
pela vida e pelas pessoas, pelo que me move aos confins,
pelo que me faz saltar da cama mais cedo, pelo que me faz percorrer quilómetros a fio,
que seja assim mesmo como o quero,
o meu amor,
uma boa onda
e sem apartes, sem duplos sentidos para que saibas que é para ti, a boa onda é limpa, é transparente e como onda que é, como aquelas que se usam para surfar, que tires dela o melhor, o pior, que entres nela ou esperes a próxima, uma onda é isso mesmo, o que fazemos dela
3.7.10
(entre)
Se escrevo três parágrafos para os apagar sem a sensação de ter perdido algo significa que não perdi nada. Ganhei. E ao ganhar eu ganham os olhos que pairam por momentos nas minhas palavras.
Se sou de confiança?
Sou. Na minha eterna forma de ser, para os que entendem ao que se aplica um pseudo-complexo de Peter Pan genuíno, de não em responsabilizar em demasia, não me stressar à desgarrada nem me preocupar por demais com coisas como casas, carros, roupa, jóias, o relógio caro, o sapato da moda, o fato que me fará senhor. Os amigos que levo no peito, os lugares onde fui e as pessoas que vou conhecendo, as aventuras comedidas ou desmedidas que vou agarrando, os céus lá fora e as nuvens que são minha casa. As tardes e noites só, as manhãs de gargalhadas quando 99% de vós ainda dorme.. ou se está a deitar, as turbulências da existência e o nunca jamais nunca mesmo pensar em demasia.
O que aprendi ultimamente? - e por ultimamente coloquemos um bom par sobre par de anos em cima da coisa...
O Mundo não pára por nós. Nem tanto nos olha. Cabe-nos a nós aproveitar o passeio da forma que de melhor nos aprouver. Que sejamos felizes em coisas simples, sem demasia na complexidade que convenhamos, não passa de um tremendo nó que mais tarde não teremos capacidade de desatar. Que consigamos rir e sorrir das tragédias diárias, dos desaforos, das desilusões e ilusões. Que consigamos agarrar cada réstea de paixão, de boa-vontade e cada abraço que venha em boa hora - Pi, esta é para ti, conhecedora absoluta da minha :-/ em abraços - e que sintam cada réstea de humanidade em vós.
Sem medos.
Que conheçam as vossas inseguranças para assim as dominarem. Ou delas troçarem, minimizando-as. Que igualmente apontem os vossos defeitos e lhes atribuam uma forma de ser. Um nome irrequieto, como se de pirralho ruivo, pequenote e hiperactivo com sardas e cabelo despenteado se tratasse. Um pequeno diabo da tasmânia - como eu!
Que tratem bem os e as vossas ex's, os amigos com quem já não se dão, os mais velhos e rabujentos e que consigam sempre impressionar os outros por lhes dar mais do que esperam. Que nunca exijam mais dos outros do que o que eles têm para vos dar. Que abracem tudo o que é dado e bom, pois de igual forma pode não estar lá no dia seguinte, bem como a nossa existência.
Seriam mil pontos ou mil pontes. Cada um de nós quer ou tenta chegar a um lugar, um sítio ou ideal. Que encontrem esse lugar, esse sítio, esse ideal. Que seja mais do que esperam. Que o superem e se superem a vós mesmos.
Que nunca, jamais em tempo algum percam a capacidade de supreender a vós mesmos. Serão sempre a vossa maior empresa e o vosso melhor veículo para uma existência maior e melhor.
Que sejam, em suma
Felizes
Se sou de confiança?
Sou. Na minha eterna forma de ser, para os que entendem ao que se aplica um pseudo-complexo de Peter Pan genuíno, de não em responsabilizar em demasia, não me stressar à desgarrada nem me preocupar por demais com coisas como casas, carros, roupa, jóias, o relógio caro, o sapato da moda, o fato que me fará senhor. Os amigos que levo no peito, os lugares onde fui e as pessoas que vou conhecendo, as aventuras comedidas ou desmedidas que vou agarrando, os céus lá fora e as nuvens que são minha casa. As tardes e noites só, as manhãs de gargalhadas quando 99% de vós ainda dorme.. ou se está a deitar, as turbulências da existência e o nunca jamais nunca mesmo pensar em demasia.
O que aprendi ultimamente? - e por ultimamente coloquemos um bom par sobre par de anos em cima da coisa...
O Mundo não pára por nós. Nem tanto nos olha. Cabe-nos a nós aproveitar o passeio da forma que de melhor nos aprouver. Que sejamos felizes em coisas simples, sem demasia na complexidade que convenhamos, não passa de um tremendo nó que mais tarde não teremos capacidade de desatar. Que consigamos rir e sorrir das tragédias diárias, dos desaforos, das desilusões e ilusões. Que consigamos agarrar cada réstea de paixão, de boa-vontade e cada abraço que venha em boa hora - Pi, esta é para ti, conhecedora absoluta da minha :-/ em abraços - e que sintam cada réstea de humanidade em vós.
Sem medos.
Que conheçam as vossas inseguranças para assim as dominarem. Ou delas troçarem, minimizando-as. Que igualmente apontem os vossos defeitos e lhes atribuam uma forma de ser. Um nome irrequieto, como se de pirralho ruivo, pequenote e hiperactivo com sardas e cabelo despenteado se tratasse. Um pequeno diabo da tasmânia - como eu!
Que tratem bem os e as vossas ex's, os amigos com quem já não se dão, os mais velhos e rabujentos e que consigam sempre impressionar os outros por lhes dar mais do que esperam. Que nunca exijam mais dos outros do que o que eles têm para vos dar. Que abracem tudo o que é dado e bom, pois de igual forma pode não estar lá no dia seguinte, bem como a nossa existência.
Seriam mil pontos ou mil pontes. Cada um de nós quer ou tenta chegar a um lugar, um sítio ou ideal. Que encontrem esse lugar, esse sítio, esse ideal. Que seja mais do que esperam. Que o superem e se superem a vós mesmos.
Que nunca, jamais em tempo algum percam a capacidade de supreender a vós mesmos. Serão sempre a vossa maior empresa e o vosso melhor veículo para uma existência maior e melhor.
Que sejam, em suma
Felizes
31.5.10
"Because I'm evil..."
...so don't you mess around with me!
Menos preocupado,
diz que li no outro dia em diário erudito pleno de cultura anglo-saxónica que envelhecer - com estilo - é este não querer saber
ser jovem é ser demasiado self-conscient que pensará esta e este, aquele e o outro,
que poderei eu fazer para me tornar mais aprazível, mais cool e melhor que o meu semelhante
que rasgo de cultura generalista poderei eu roubar para me fazer tornar único sem reparar que pessoas são detalhes, pessoas são aura e sensações, pessoas são sorrisos e pessoas são seres que nos colocam a pensar em patamares que nos deixam horas a fio de olhos pregados ao tecto quando convenhamos,
deveríamos estar numa qualquer Terra dos Sonhos
e estamos,
se a mediocridade nos regra,
agarrados a coisas tão parvas que nem me ocorre escrevê-las para não ofender um Mundo quase inteiro,
porque motivo nos achamos melhores, especiais, semi-deuses entre meros humanos?
Como tal adoro promover sem desdém os meus defeitos,
do ser cáustico e sarcástico que vive em mim, os maus humores e o que define aquilo que sou em cada dia que piso este Mundo
que não vos faça moça, que se fodam
garanto e assumo,
não me importa minimamente o quer que pensem de mim, garanto-vos sem vos enforcar por isso,
sem vos rasgar em pedaços apontando às fraquezas, às inseguranças, às falsas aparências e sem vos demover da felicidade porque admiravelmente a defendo,
porque no fundo quero que todas as cabras sejam felizes, que todos os imbecis sejam felizes, que até os e as hipócritas que vivem nas proximidades daquilo a que chamo um bairro de vizinhança pacífica se deleitem na felicidade, aparente ou não, que defendem ter
não escrevo amargurado, invejoso ou infeliz,
garanto que não,
de todos os defeitos, não consta o de ausência de justiça, este que defendo maior que praticamente qualquer outro
aos que me apelidam de mau feitio
digo-vos apenas que não se trata de carácter malévolo mas de pura, boa ou má,
justiça
afinal envelhecer é esquecer o que os outros julgam, o que lhes importa, em que inseguranças se baseiam para nos julgar. Envelhecer é um bem comum do qual devemos aproveitar cada pedaço nosso e torná-lo melhor. É oportunidade, é lugar e é gente. São escolhas. É usar o tempo para o que importa e acima de tudo nunca o usar para o que é supérfluo - e para quem o é!
Menos preocupado,
diz que li no outro dia em diário erudito pleno de cultura anglo-saxónica que envelhecer - com estilo - é este não querer saber
ser jovem é ser demasiado self-conscient que pensará esta e este, aquele e o outro,
que poderei eu fazer para me tornar mais aprazível, mais cool e melhor que o meu semelhante
que rasgo de cultura generalista poderei eu roubar para me fazer tornar único sem reparar que pessoas são detalhes, pessoas são aura e sensações, pessoas são sorrisos e pessoas são seres que nos colocam a pensar em patamares que nos deixam horas a fio de olhos pregados ao tecto quando convenhamos,
deveríamos estar numa qualquer Terra dos Sonhos
e estamos,
se a mediocridade nos regra,
agarrados a coisas tão parvas que nem me ocorre escrevê-las para não ofender um Mundo quase inteiro,
porque motivo nos achamos melhores, especiais, semi-deuses entre meros humanos?
Como tal adoro promover sem desdém os meus defeitos,
do ser cáustico e sarcástico que vive em mim, os maus humores e o que define aquilo que sou em cada dia que piso este Mundo
que não vos faça moça, que se fodam
garanto e assumo,
não me importa minimamente o quer que pensem de mim, garanto-vos sem vos enforcar por isso,
sem vos rasgar em pedaços apontando às fraquezas, às inseguranças, às falsas aparências e sem vos demover da felicidade porque admiravelmente a defendo,
porque no fundo quero que todas as cabras sejam felizes, que todos os imbecis sejam felizes, que até os e as hipócritas que vivem nas proximidades daquilo a que chamo um bairro de vizinhança pacífica se deleitem na felicidade, aparente ou não, que defendem ter
não escrevo amargurado, invejoso ou infeliz,
garanto que não,
de todos os defeitos, não consta o de ausência de justiça, este que defendo maior que praticamente qualquer outro
aos que me apelidam de mau feitio
digo-vos apenas que não se trata de carácter malévolo mas de pura, boa ou má,
justiça
afinal envelhecer é esquecer o que os outros julgam, o que lhes importa, em que inseguranças se baseiam para nos julgar. Envelhecer é um bem comum do qual devemos aproveitar cada pedaço nosso e torná-lo melhor. É oportunidade, é lugar e é gente. São escolhas. É usar o tempo para o que importa e acima de tudo nunca o usar para o que é supérfluo - e para quem o é!
23.5.10
Se Sonho? Sonho!
Parece que vens ainda chegado da tua volta ao Mundo,
com os olhos cheios de estrelas e o sorriso rasgado,
a capacidade de esboçar sorrisos nas caras mais tristes e levantar os olhos e sobrolhos mais caídos
dias assim há em que aparentas ter a vivacidade de sempre,
a qual usas apenas em ocasiões especiais de nadas,
apenas porque é sábado e faz Sol, apenas porque é terça-feira e está nevoeiro, porque te mentalizaste que assim é que deve ser,
resulta sem resultar
aos olhos das pessoas que habituadas a conviver com seres óbvios, previsíveis,
incomoda-me que presumam por momentos que me contentaria por instante sequer ser assim,
como elas, como os demais,
hoje estupidamente sorridente, o Mundo cheio das miudezas irritantes que o fazem,
dos imbecis, das idiotas, dos amuados e amuadas, de quem se acha no direito de descartar seres como se fossem côdea,
porque convenhamos,
seres e côdea existem aos pontapés
ambos se mastigam, ambos podemos "regar" com geleia e fazer deles pitéu, ambos nos aturam as nuances e momentos menos conseguidos
como esta escrita de madrugada
aguardo com a vivacidade de um miúdo as aventuras a que me proponho,
eterno Peter Pan de espada em punho, de pó de pirilimpimpim e pensamentos bons
não existe vôo distante o suficiente que consiga demover os meus sonhos
sonho
com os olhos cheios de estrelas e o sorriso rasgado,
a capacidade de esboçar sorrisos nas caras mais tristes e levantar os olhos e sobrolhos mais caídos
dias assim há em que aparentas ter a vivacidade de sempre,
a qual usas apenas em ocasiões especiais de nadas,
apenas porque é sábado e faz Sol, apenas porque é terça-feira e está nevoeiro, porque te mentalizaste que assim é que deve ser,
resulta sem resultar
aos olhos das pessoas que habituadas a conviver com seres óbvios, previsíveis,
incomoda-me que presumam por momentos que me contentaria por instante sequer ser assim,
como elas, como os demais,
hoje estupidamente sorridente, o Mundo cheio das miudezas irritantes que o fazem,
dos imbecis, das idiotas, dos amuados e amuadas, de quem se acha no direito de descartar seres como se fossem côdea,
porque convenhamos,
seres e côdea existem aos pontapés
ambos se mastigam, ambos podemos "regar" com geleia e fazer deles pitéu, ambos nos aturam as nuances e momentos menos conseguidos
como esta escrita de madrugada
aguardo com a vivacidade de um miúdo as aventuras a que me proponho,
eterno Peter Pan de espada em punho, de pó de pirilimpimpim e pensamentos bons
não existe vôo distante o suficiente que consiga demover os meus sonhos
sonho
16.5.10
Embates
Em pedaços,
haverá noite mais solitária que a de sábado?
enquanto lá fora o Mundo se conecta, vive, respira e sonha de olhos acordados
novamente num sem-número de dias mortos, de horas mortas, de suspiros e respiros e convenhamos porque não?
acendo mais um cigarro
as mãos da pele ainda jovem, dos braços ainda jovens presos ao corpo ainda vivo, que respira sem saber para onde mas ligeiramente feliz por ainda respirar
tinha mil coisas para te dizer,
ombro amigo e que entende da coisa,
destas que são as mil milhares de horas em busca de coisa alguma, de sonhos quebrados e sorrisos que um dia se deixaram adormecer connosco para agora se adormecerem com outrém
não fazemos parte do mesmo plano deles, delas,
dos sorrisos,
não que tenhamos perdido por completo a capacidade para tal mas apenas porque no que pela nossa pele passou,
pelo que os nossos olhos viram e acima de tudo,
o nosso coração se permitu sentir,
o tempo passou
como sempre que o faz e inevitavelmente assim o é,
deixa marcas mil, umas que vou acreditando estarem para lá de cura, fôra eu pessoa crédula e não soubesse que o tal do tempo tem também essa mágica capacidade de nos mudar perspectivas e de atirar para um lugar da nossa mente coisas que talvez nunca se devessem ter manifestado
seria hipócrita de mim pedir desculpa por ser como sou,
de tal forma desimpedido de humanidades, desprovido de sentimentos de aconchego e pertença, de ansiedades relativas a mais um rosto, mais uns lábios, mais uns ombros e mais uma mão que aperte como se extensão da minha,
desses alguéns que lhes permitimos verem-nos chorar,
para assim nos consolarem a alma mil vezes quebrada, o coração mil vezes devastado, o sorriso que persiste apenas porque nasceu assim naquele lugar onde a sua natureza a isso o obriga
que forma existirá no Mundo de gente assim, como eu,
de tal forma numa rota alta, nocturna e só que nos colocamos com os olhos nas estrelas e no bréu da noite,
de mais uma noite após outra,
com a lembrança que um dia mais jovens nos proibimos de parar de sonhar, de nunca perder a esperança e de acreditar que sim, coisas boas surgem a boas pessoas
que inocência convergida em ingenuidade levará a que certas coisas em nós passem para o esquecimento
enquanto outras, essas que nos movem,
se mantêm firmes como uma rocha que sobrevive aos embates de qualquer onda, ano após ano,
vida após vida,
sonho após sonho
haverá noite mais solitária que a de sábado?
enquanto lá fora o Mundo se conecta, vive, respira e sonha de olhos acordados
novamente num sem-número de dias mortos, de horas mortas, de suspiros e respiros e convenhamos porque não?
acendo mais um cigarro
as mãos da pele ainda jovem, dos braços ainda jovens presos ao corpo ainda vivo, que respira sem saber para onde mas ligeiramente feliz por ainda respirar
tinha mil coisas para te dizer,
ombro amigo e que entende da coisa,
destas que são as mil milhares de horas em busca de coisa alguma, de sonhos quebrados e sorrisos que um dia se deixaram adormecer connosco para agora se adormecerem com outrém
não fazemos parte do mesmo plano deles, delas,
dos sorrisos,
não que tenhamos perdido por completo a capacidade para tal mas apenas porque no que pela nossa pele passou,
pelo que os nossos olhos viram e acima de tudo,
o nosso coração se permitu sentir,
o tempo passou
como sempre que o faz e inevitavelmente assim o é,
deixa marcas mil, umas que vou acreditando estarem para lá de cura, fôra eu pessoa crédula e não soubesse que o tal do tempo tem também essa mágica capacidade de nos mudar perspectivas e de atirar para um lugar da nossa mente coisas que talvez nunca se devessem ter manifestado
seria hipócrita de mim pedir desculpa por ser como sou,
de tal forma desimpedido de humanidades, desprovido de sentimentos de aconchego e pertença, de ansiedades relativas a mais um rosto, mais uns lábios, mais uns ombros e mais uma mão que aperte como se extensão da minha,
desses alguéns que lhes permitimos verem-nos chorar,
para assim nos consolarem a alma mil vezes quebrada, o coração mil vezes devastado, o sorriso que persiste apenas porque nasceu assim naquele lugar onde a sua natureza a isso o obriga
que forma existirá no Mundo de gente assim, como eu,
de tal forma numa rota alta, nocturna e só que nos colocamos com os olhos nas estrelas e no bréu da noite,
de mais uma noite após outra,
com a lembrança que um dia mais jovens nos proibimos de parar de sonhar, de nunca perder a esperança e de acreditar que sim, coisas boas surgem a boas pessoas
que inocência convergida em ingenuidade levará a que certas coisas em nós passem para o esquecimento
enquanto outras, essas que nos movem,
se mantêm firmes como uma rocha que sobrevive aos embates de qualquer onda, ano após ano,
vida após vida,
sonho após sonho
14.5.10
A Razão das Razões
São três da madrugada,
de um dia longo antecedido de longos dias em que por momentos,
momentos tive para me debruçar sobre o que me assola se é que algo
decididamente nada de ninguém
tirando aqueles de que saudades tenho que sabem quem são
por ordem alguma de prioridade ou preferência
ideia esta tenho eu que ultimamente o tempo sobre tempo tenta-me quebrar a alma,
em puros fanicos,
desfazer-me em milhentos bocados de mim, de pedaços de bocados de mim irredutivelmente quebrados sem conserto, sem memória ou sem lugar onde os pousar para mais tarde, com tempo e paciência,
os voltar a colocar no seu devido esplendor
convenhamos,
a nossa existência, essa mera e por ela mesma irredutível irrelevância de experiências que possamos acumular tem tanto de valor quanto um vaso quebrado, quanto um raio de Sol ou quanto coisas bem menos agradáveis que poderia passar a enumerar,
mas não enumero
porque ainda que neste corpo exausto e alma que resiste à quebra,
sobressai o que importa e o que (me) vale,
irredutível à pequenez que possa por momentos achar-se digna de me tentar por momentos tocar um sorriso que chega
faço portanto um apelo a quem anda por aí fora,
a vós pequenitos e pequenitas,
que venham sempre para mim com tudo o que possuem,
a ver o quão longe poucos passos conseguem
não me tentem mais quebrar o que não sabem encontrar
de um dia longo antecedido de longos dias em que por momentos,
momentos tive para me debruçar sobre o que me assola se é que algo
decididamente nada de ninguém
tirando aqueles de que saudades tenho que sabem quem são
por ordem alguma de prioridade ou preferência
ideia esta tenho eu que ultimamente o tempo sobre tempo tenta-me quebrar a alma,
em puros fanicos,
desfazer-me em milhentos bocados de mim, de pedaços de bocados de mim irredutivelmente quebrados sem conserto, sem memória ou sem lugar onde os pousar para mais tarde, com tempo e paciência,
os voltar a colocar no seu devido esplendor
convenhamos,
a nossa existência, essa mera e por ela mesma irredutível irrelevância de experiências que possamos acumular tem tanto de valor quanto um vaso quebrado, quanto um raio de Sol ou quanto coisas bem menos agradáveis que poderia passar a enumerar,
mas não enumero
porque ainda que neste corpo exausto e alma que resiste à quebra,
sobressai o que importa e o que (me) vale,
irredutível à pequenez que possa por momentos achar-se digna de me tentar por momentos tocar um sorriso que chega
faço portanto um apelo a quem anda por aí fora,
a vós pequenitos e pequenitas,
que venham sempre para mim com tudo o que possuem,
a ver o quão longe poucos passos conseguem
não me tentem mais quebrar o que não sabem encontrar
29.4.10
Entretanto Assim
Um dia não sei se te saberei os olhos,
o cheiro a que cheiras e o brilho dum sorriso,
a forma como os cabelos soltos ao vento e o vestido que te faz parecer pairar,
os grãos de areia nos teus pés e a pele que o Sol queimará lentamente
um dia eu não mais no teu segundo pensamento, no terceiro
quem sabe em nenhum, senão num armário empoeirado de memórias que se deturpam com o passar dos anos e do amontoar de coisas que foste vivendo,
sem mais reconheceres o som da minha voz ou a que cheiro, a forma como rio e o que me faz sorrir,
o cambalear matinal a caminho de lado nenhum para voltar de seguida para o único lugar onde se pertence
nem que seja
naquele entretanto
deturpamos esta ideia de que a vida são entretantos,
de que sorrisos são folhas de árvores, olhares fugazes luzes que passam por nós e rapidamente se extinguem,
vozes são assobios de vento que passa e toques são espuma do mar na pele,
esquecemo-nos entre o acordar e o deitar a cabeça na almofada destas coisas que nos fazem,
que melhor que fazer, nos distinguem
e se um dia não te souber mais o que dizer não existirás mais para mim,
como talvez nem existas se escrevo sem que saibam de mim ao vento, à espuma do mar e ao Sol que me beija o entretanto a que chamo pele,
porque talvez nunca me tenha num entretanto cruzado contigo e portanto nem existas num lugar que não seja esse mesmo,
um entretanto
vamos hoje em 200 meus,
obrigado
o cheiro a que cheiras e o brilho dum sorriso,
a forma como os cabelos soltos ao vento e o vestido que te faz parecer pairar,
os grãos de areia nos teus pés e a pele que o Sol queimará lentamente
um dia eu não mais no teu segundo pensamento, no terceiro
quem sabe em nenhum, senão num armário empoeirado de memórias que se deturpam com o passar dos anos e do amontoar de coisas que foste vivendo,
sem mais reconheceres o som da minha voz ou a que cheiro, a forma como rio e o que me faz sorrir,
o cambalear matinal a caminho de lado nenhum para voltar de seguida para o único lugar onde se pertence
nem que seja
naquele entretanto
deturpamos esta ideia de que a vida são entretantos,
de que sorrisos são folhas de árvores, olhares fugazes luzes que passam por nós e rapidamente se extinguem,
vozes são assobios de vento que passa e toques são espuma do mar na pele,
esquecemo-nos entre o acordar e o deitar a cabeça na almofada destas coisas que nos fazem,
que melhor que fazer, nos distinguem
e se um dia não te souber mais o que dizer não existirás mais para mim,
como talvez nem existas se escrevo sem que saibam de mim ao vento, à espuma do mar e ao Sol que me beija o entretanto a que chamo pele,
porque talvez nunca me tenha num entretanto cruzado contigo e portanto nem existas num lugar que não seja esse mesmo,
um entretanto
vamos hoje em 200 meus,
obrigado
26.4.10
"Sempre"
Existem dias que acordo ou que no espaço que vai do acordar até ao momento em que me ocorre,
que naquele momento por escolha que não minha poderia ser,
quiçá,
o último
no pensamento que me envolve não sei o que deixaria,
para além do vácuo das poucas pessoas que me são próximas,
das outras que levariam tempos infinitos a perceber que algo não estaria bem
às outras imensas que ignorariam tempos infinitos que tais que a minha existência bem,
não a era mais
se me incomoda a ideia?
nem um pouco,
ainda que me tenha assolado hoje por algum motivo que talvez se prendesse com a menor (pre)disposição
para sorrisóneas amenas,
o facto de a qualquer momento como sempre esperei, ela chegar assim sem pré-aviso, sem simpatias e de beijo leve,
deixando apenas a ideia do que deixámos por dizer e fazer,
que ligações deviam ter sido cimentadas,
em que lugar teria os olhos postos senão naquele pôr-do-Sol de sempre que será assim para sempre meu
para sempre
eu
que naquele momento por escolha que não minha poderia ser,
quiçá,
o último
no pensamento que me envolve não sei o que deixaria,
para além do vácuo das poucas pessoas que me são próximas,
das outras que levariam tempos infinitos a perceber que algo não estaria bem
às outras imensas que ignorariam tempos infinitos que tais que a minha existência bem,
não a era mais
se me incomoda a ideia?
nem um pouco,
ainda que me tenha assolado hoje por algum motivo que talvez se prendesse com a menor (pre)disposição
para sorrisóneas amenas,
o facto de a qualquer momento como sempre esperei, ela chegar assim sem pré-aviso, sem simpatias e de beijo leve,
deixando apenas a ideia do que deixámos por dizer e fazer,
que ligações deviam ter sido cimentadas,
em que lugar teria os olhos postos senão naquele pôr-do-Sol de sempre que será assim para sempre meu
para sempre
eu
21.4.10
Cabranito.pt
É tentador recorrermos ao nosso espírito crítico,
de cada vez que algo previsivelmente falha ou que nos falham,
de cada vez que uma desilusão teria supostamente de ter lugar quando já pacientemente a aguardamos,
de cada vez que nos recordamos que já vivemos tanto e tão intensamente que certas histórias ainda que pintadas da mesma côr,
relatam precisamente as mesmas acções, o mesmo enredo e inevitavelmente o mesmo final
reverteremos portanto nós mesmos à condição de menos bom?
a uma condição confortável que nos permita ser o veículo que usa e abusa do espírito alheio?
aquele que sem consideração usa corpos e almas para seu delírio e puro divertimento fechando ao final da noite os olhos sem pinga de remorso porque tem a desculpa,
o Mundo é feito assim
e é, convenhamos
dos jogos que pensam jogar comigo comigo a ver, das coisas que não se dizem porque não dá jeito mas estão tatuadas nos olhares e no rosto ou em pensamentos distantes, dos desculpa lá mas agora não dá jeito
pessoas,
minhas caras e estimadas pessoas,
não é por mero acaso que no geral vos desprezo sem que me ache melhor ou pior,
é porque no geral a minha vida é bem melhor sem vos ter por perto,
porque retiram mais do que me acrescentam, roubam mais do que trazem e fazem por destruir mais do que constroem
e juro que reconheço e valorizo o esforço,
e o meu caminho é em metade tão bom quanto a outra metade que vossa a palmilhar
mas não palmilham e portanto nem por isso eu mais merecedor, mais preocupado, mais por vezes só talvez, mas mais eu
e sim, senhor do meu senhor nariz, da senhora vida que é minha e dos lugares a que pertenço não obstante de vocês e garanto,
todas as noites durmo na paz e tranquilidade que construí para mim
sem que me pesem por momentos os pecados que não são meus
ainda que por mim tenham passado
sem que ao fechar os olhos me passe por momentos a ideia de me lembrar que um dia me tentaram fazer assim,
menos eu,
pessoas
de cada vez que algo previsivelmente falha ou que nos falham,
de cada vez que uma desilusão teria supostamente de ter lugar quando já pacientemente a aguardamos,
de cada vez que nos recordamos que já vivemos tanto e tão intensamente que certas histórias ainda que pintadas da mesma côr,
relatam precisamente as mesmas acções, o mesmo enredo e inevitavelmente o mesmo final
reverteremos portanto nós mesmos à condição de menos bom?
a uma condição confortável que nos permita ser o veículo que usa e abusa do espírito alheio?
aquele que sem consideração usa corpos e almas para seu delírio e puro divertimento fechando ao final da noite os olhos sem pinga de remorso porque tem a desculpa,
o Mundo é feito assim
e é, convenhamos
dos jogos que pensam jogar comigo comigo a ver, das coisas que não se dizem porque não dá jeito mas estão tatuadas nos olhares e no rosto ou em pensamentos distantes, dos desculpa lá mas agora não dá jeito
pessoas,
minhas caras e estimadas pessoas,
não é por mero acaso que no geral vos desprezo sem que me ache melhor ou pior,
é porque no geral a minha vida é bem melhor sem vos ter por perto,
porque retiram mais do que me acrescentam, roubam mais do que trazem e fazem por destruir mais do que constroem
e juro que reconheço e valorizo o esforço,
e o meu caminho é em metade tão bom quanto a outra metade que vossa a palmilhar
mas não palmilham e portanto nem por isso eu mais merecedor, mais preocupado, mais por vezes só talvez, mas mais eu
e sim, senhor do meu senhor nariz, da senhora vida que é minha e dos lugares a que pertenço não obstante de vocês e garanto,
todas as noites durmo na paz e tranquilidade que construí para mim
sem que me pesem por momentos os pecados que não são meus
ainda que por mim tenham passado
sem que ao fechar os olhos me passe por momentos a ideia de me lembrar que um dia me tentaram fazer assim,
menos eu,
pessoas
15.4.10
"Loving Angels Instead?"
Há esta que dizem,
concordo,
a música do século que por mil vezes passou pelas minhas cordas vocais e me abriu o brilho dos olhos,
que em dias menos solarengos e outros que solarengos tais me foram âncora à alma,
entre incontáveis outras que não são para a conversa agora chamadas - cantadas - nem importa o que dirá uma canção, o que fez quem a canta, a nossa opinião dessa figura, do estilo da mesma
importam os lugares onde ela nos leva, as pessoas com quem a cantámos, os abraços, beijos, os sorrisos parvamente largos e lá está o tal,
aquelebrilho nos olhos
encontrem-no onde queiram,
na pessoa que mais gostam, na vossa música, no céu, no mar, numa onda, numa conversa, num abraço e num beijo, encontrem-no num grão de areia, no vosso coração, na profundeza ou superfície da vossa alma,nos dias mais escuros e ensolarados, ao raiar do dia ou ao final de uma noite mas sem esquecer,
estamos vivose viver é agora
"And through it all,
I'm loving angels instead"
23.3.10
"Adianta"
Adianta dizer que estou cansado das pessoas?
Da transparência com que se lhes lê a mente, o coração, a alma se alguma, as intenções com a antecedência que povoa a mesma certeza de que o Sol nascerá na manhã,
independentemente de estarmos ou não para testemunhar
de que adianta dizer que estou cansado das pessoas,
se o meu coração tende a mover-se acima da velocidade da luz e do pensamento, dos lentos sentimentos que tendem a ser mortos antes de se desenvolverem em algo que seja palpável,
em sorrisos e abraços, em beijos e palavras lentas em que pares de olhos partilham pôres-do-Sol
deixem-me na distância para lá da que me limita a Terra,
deixem que vos ignore enquanto passo e sorrio com a mente algures noutro lugar que não aquele, numa pessoa que não vós, mesmo que esta não exista para não ter assim que comprometer a alma a nada que não a mim,
aos meus dias que se acumulam em pequenos nadas,
pequenos tudos que não são nada,
na lacuna de encontrar em alguém aquilo que falta em mim,
se em mim não faltar nada então de que me valerá julgar que sim que um dia,
mesmo que por um dia e um dia apenas,
encontrar
ao esperar sentir ou sentir esperar o que não se me avizinha lamento mas creio que mereço
que mereço estar à altura e à altura mereço que estejam
mas não o sinto e faltam-me hoje as forças e o sorriso que se consome assim
perguntando
Adianta dizer que estou cansado das pessoas?
Da transparência com que se lhes lê a mente, o coração, a alma se alguma, as intenções com a antecedência que povoa a mesma certeza de que o Sol nascerá na manhã,
independentemente de estarmos ou não para testemunhar
de que adianta dizer que estou cansado das pessoas,
se o meu coração tende a mover-se acima da velocidade da luz e do pensamento, dos lentos sentimentos que tendem a ser mortos antes de se desenvolverem em algo que seja palpável,
em sorrisos e abraços, em beijos e palavras lentas em que pares de olhos partilham pôres-do-Sol
deixem-me na distância para lá da que me limita a Terra,
deixem que vos ignore enquanto passo e sorrio com a mente algures noutro lugar que não aquele, numa pessoa que não vós, mesmo que esta não exista para não ter assim que comprometer a alma a nada que não a mim,
aos meus dias que se acumulam em pequenos nadas,
pequenos tudos que não são nada,
na lacuna de encontrar em alguém aquilo que falta em mim,
se em mim não faltar nada então de que me valerá julgar que sim que um dia,
mesmo que por um dia e um dia apenas,
encontrar
ao esperar sentir ou sentir esperar o que não se me avizinha lamento mas creio que mereço
que mereço estar à altura e à altura mereço que estejam
mas não o sinto e faltam-me hoje as forças e o sorriso que se consome assim
perguntando
Adianta dizer que estou cansado das pessoas?
4.3.10
La Dolce Vita
As coisas simples,
das que povoam o imaginário das pessoas que sorriem enquanto andam na rua,
enquanto se rebolam nos lençóis de uma cama que fizeram de lavado na madrugada anterior,
das que pousam o olhar num Oceano convidativo num fim de tarde quente enquanto o Sol aparenta mergulhar para se refrescar daquilo a que chamamos
dias perfeitos
dos sorrisos das outras pessoas que sorriem com os olhos, com estrelas nos olhos e marcas rasgadas na pele que novamente digo,
o tempo fará questão de, assim espero, cimentar
há dias a caminho de uma qualquer cidade Germânica alguém menciona
you're just a happy soul, aren't you? / és uma alma feliz, não és?
sou
se me aborrece apenas a ideia de não tentarmos todos fazer por ser,
por sorrir enquanto caminhamos na rua e pensarmos que nos falta A e B para sermos felizes
porque ser-se feliz é reconhecer-se o que de bom se tem e sonhar de sorriso posto com o que se poderá vir a ter,
ser-se feliz é reconhecer enfim o quão bom é respirar e viver, o quão bom é termos as pessoas que temporariamente temos na nossa vida, o quão enfim podemos fazer da vida algo bom,
algo feliz
façam-no,
sejam-no!
das que povoam o imaginário das pessoas que sorriem enquanto andam na rua,
enquanto se rebolam nos lençóis de uma cama que fizeram de lavado na madrugada anterior,
das que pousam o olhar num Oceano convidativo num fim de tarde quente enquanto o Sol aparenta mergulhar para se refrescar daquilo a que chamamos
dias perfeitos
dos sorrisos das outras pessoas que sorriem com os olhos, com estrelas nos olhos e marcas rasgadas na pele que novamente digo,
o tempo fará questão de, assim espero, cimentar
há dias a caminho de uma qualquer cidade Germânica alguém menciona
you're just a happy soul, aren't you? / és uma alma feliz, não és?
sou
se me aborrece apenas a ideia de não tentarmos todos fazer por ser,
por sorrir enquanto caminhamos na rua e pensarmos que nos falta A e B para sermos felizes
porque ser-se feliz é reconhecer-se o que de bom se tem e sonhar de sorriso posto com o que se poderá vir a ter,
ser-se feliz é reconhecer enfim o quão bom é respirar e viver, o quão bom é termos as pessoas que temporariamente temos na nossa vida, o quão enfim podemos fazer da vida algo bom,
algo feliz
façam-no,
sejam-no!
24.2.10
Um Dia / Uma Noite
Um dia houve em que convenhamos,
alegremente ou tristemente - para não cair em lugares-comuns - bebeu demais
ao testar o destino que convenhamos também,
detesta tais testes
ela surgiu
como não surgira há tempos, como não surgira nele a vontade de dizer as palavras que lhe corriam na alma dias a fio, manhãs a fio, noites a fio, sonhos a fio, tempos a fio, silêncios a fio, momentos a fio,
dizendo-lhas em fraca instância ainda que nas entrelinhas elas todas
gosto mais de ti que a mim
entenda quem tiver que entender se quiser,
se não quiser que talvez pondere matar de tal desgosto, de tais noites povoadas por sonhos que não pertencem a tal corpo frio e só,
a tal alma de tal forma desamparada que viveria em Mundo onde parede não houvesse onde derramar lágrimas
onde tudo o que lhe restasse fôra feito portanto da mesma matéria
água e Sal
e portanto aí se encontrasse nas poucas mas apaixonadas vezes que se encontrariam,
a água e o Sal,
da mesma matéria feitas e de um Mundo ao outro,
de lágrimas a sorrisos não muitas mais formas existiriam de dizer que não há outra,
que sim,
para lá de ironias, para lá de sorrisos e palavras parvas,
para lá de se ser cabrão,
para lá de tudo o que é humano e de tudo o que não é largar-se-ia tudo,
quem sabe até à Água e Sal,
porque sim e porque o intemporal se intromete em pequenas coisas como essa,
alma,
porque te Amo mais que a mim,
e porque sim, me dói dizê-lo apenas para mim mesmo todos os dias
alegremente ou tristemente - para não cair em lugares-comuns - bebeu demais
ao testar o destino que convenhamos também,
detesta tais testes
ela surgiu
como não surgira há tempos, como não surgira nele a vontade de dizer as palavras que lhe corriam na alma dias a fio, manhãs a fio, noites a fio, sonhos a fio, tempos a fio, silêncios a fio, momentos a fio,
dizendo-lhas em fraca instância ainda que nas entrelinhas elas todas
gosto mais de ti que a mim
entenda quem tiver que entender se quiser,
se não quiser que talvez pondere matar de tal desgosto, de tais noites povoadas por sonhos que não pertencem a tal corpo frio e só,
a tal alma de tal forma desamparada que viveria em Mundo onde parede não houvesse onde derramar lágrimas
onde tudo o que lhe restasse fôra feito portanto da mesma matéria
água e Sal
e portanto aí se encontrasse nas poucas mas apaixonadas vezes que se encontrariam,
a água e o Sal,
da mesma matéria feitas e de um Mundo ao outro,
de lágrimas a sorrisos não muitas mais formas existiriam de dizer que não há outra,
que sim,
para lá de ironias, para lá de sorrisos e palavras parvas,
para lá de se ser cabrão,
para lá de tudo o que é humano e de tudo o que não é largar-se-ia tudo,
quem sabe até à Água e Sal,
porque sim e porque o intemporal se intromete em pequenas coisas como essa,
alma,
porque te Amo mais que a mim,
e porque sim, me dói dizê-lo apenas para mim mesmo todos os dias
23.2.10
Medos?
O dia virá em que me canso,
da estupidez ou da ignorância
qualquer que venha primeiro se não de ambos.
Fevereiro de dois mil e dez no fim, ou em término e não tenho pérolas de sabedoria que gostasse de partilhar assim,
num lugar que não contenha em si um pôr-do-sol, uma música envolvente, um momento do qual sorrir apenas porque
e Deus que falta me fazem os sorrisos dos quais alimento uma alma que por vezes me supera,
por outras me esmaga
ao peso que o Mundo entende em encostar de mim à Terra, ou terra que não
encontrar-me-á quem não precisar de me procurar,
quem quiser enfim encontrar sem ter que se preocupar com as palavras que fazem parte do cerne dos meros mortais,
nunca tenham medo de perseguir o que desejam
o que sentem saber que vos fará felizes, mais completos
nunca tenham sequer enfim
medo
pois os medos são as barreiras que devemos derrubar no caminho daquilo que somos nós,
uns mais outros menos,
humanos,
felizes humanos
da estupidez ou da ignorância
qualquer que venha primeiro se não de ambos.
Fevereiro de dois mil e dez no fim, ou em término e não tenho pérolas de sabedoria que gostasse de partilhar assim,
num lugar que não contenha em si um pôr-do-sol, uma música envolvente, um momento do qual sorrir apenas porque
e Deus que falta me fazem os sorrisos dos quais alimento uma alma que por vezes me supera,
por outras me esmaga
ao peso que o Mundo entende em encostar de mim à Terra, ou terra que não
encontrar-me-á quem não precisar de me procurar,
quem quiser enfim encontrar sem ter que se preocupar com as palavras que fazem parte do cerne dos meros mortais,
nunca tenham medo de perseguir o que desejam
o que sentem saber que vos fará felizes, mais completos
nunca tenham sequer enfim
medo
pois os medos são as barreiras que devemos derrubar no caminho daquilo que somos nós,
uns mais outros menos,
humanos,
felizes humanos
16.2.10
Cool Kids Won't Ever Say It - They'll Sing It Out Loud and Dance It
Watcha drinking?
Rum or whiskey?
Now won'tcha have a
Double with me?
I'm sorry I'm a little late
I got your message by the way
I'm calling in sick today
So let's go out for old time's sake
I'll never forget you
They said we'd never make it
My sweet joy
Always remember me
We were mysterious
And you were always wearing black
I was so serious
You know my boyfriend's mother
Nearly had a heart attack
I'm sorry I'm a little late
You know the stripes on a tiger
Are hard to change
I know this world feels
Like an empty stage
I wouldn't change a thing
So glad you're back again
I'll never forget you
They said we'd never make it
My sweet joy
Always remember me
I'll never forget you
At times we couldn't shake it
You're my joy
Always remember me
We just got swallowed up
You know I didn't forget you
We just got swallowed up
Well, we just got swallowed up
But you love that I didn't forget you
We just got swallowed up
By the whole damn world
Watcha thinking?
Did you miss me?
I borrowed your silver boots
Now if you'd just let me
Give them back to you
I'll never forget you
They said we'd never make it
My sweet joy
Always remember me
I'll never forget you
Although at times we couldn't shake it
You're my joy
Always remember me
Don't you know that you're my joy
Always remember me
Don't you know that you're my joy
Always remember me
14.2.10
"What the fuck is that?" - Happy Valentine's Day
Feliz Dia dos Namorados,
Happy Valentine's Day
e corações em papel que preenchem montras e não pessoas, lugares e não coisas que enfim,
afinal ainda no Mundo há-de haver quem como diria o mais poeta dos poetas,
morra de amor por amor morra
entre estas coisas da pujança mental que aliviada ou elevada por extras que não menciono,
que não posso por fazer longe demais a distância que vai daqui até enfim aí,
admito,
falham aos dedos a discrepância para acompanhar os pensamentos que me assolam o olhar numa tal de madrugada de sábado às 03h12 da madrugada,
(após longo, intenso dia)
hoje mil pessoas trocarão cartõezinhos,
palavras escritas a esferográfica que significarão o Mundo,
outras em digital que ficarão numa tal de parede de facebook até que alguém se chateie, se incomode e se lembre de apagá-las para a posterioridade digital que,
novamente convenhamos,
esquece em menos de cinco minutos,
ostracizar
Não vou insinuar por momentos sequer que estou entregue a mim,
ao todo fodido que esta noite me traz e vos traz assim de mim a vós,
como se por algum momento fôra menos eu por estar menos confinado a vocês mesmos
como se o meu Mundo tivesse barreiras físicas e linhas pelas quais reger palavras quais ficarão aqui se alguém,
por obra e arte de um tal de Diabo,
chamemos-lhe tédio dominical
lê-las e assimilá-las como eu as debito
então se por algum talento que me rege os dedos que me regem a mim,
os pensamentos que me focam a mim,
então sem dúvida,
estaremos todos por momentos que sejam na mesma linha que rege a vida e sorrisos cúmplices
devoto-vos portanto e então um tal de feliz dia
que alguém entendeu inventar
Valentine's
Day
Happy Valentine's Day
e corações em papel que preenchem montras e não pessoas, lugares e não coisas que enfim,
afinal ainda no Mundo há-de haver quem como diria o mais poeta dos poetas,
morra de amor por amor morra
entre estas coisas da pujança mental que aliviada ou elevada por extras que não menciono,
que não posso por fazer longe demais a distância que vai daqui até enfim aí,
admito,
falham aos dedos a discrepância para acompanhar os pensamentos que me assolam o olhar numa tal de madrugada de sábado às 03h12 da madrugada,
(após longo, intenso dia)
hoje mil pessoas trocarão cartõezinhos,
palavras escritas a esferográfica que significarão o Mundo,
outras em digital que ficarão numa tal de parede de facebook até que alguém se chateie, se incomode e se lembre de apagá-las para a posterioridade digital que,
novamente convenhamos,
esquece em menos de cinco minutos,
ostracizar
Não vou insinuar por momentos sequer que estou entregue a mim,
ao todo fodido que esta noite me traz e vos traz assim de mim a vós,
como se por algum momento fôra menos eu por estar menos confinado a vocês mesmos
como se o meu Mundo tivesse barreiras físicas e linhas pelas quais reger palavras quais ficarão aqui se alguém,
por obra e arte de um tal de Diabo,
chamemos-lhe tédio dominical
lê-las e assimilá-las como eu as debito
então se por algum talento que me rege os dedos que me regem a mim,
os pensamentos que me focam a mim,
então sem dúvida,
estaremos todos por momentos que sejam na mesma linha que rege a vida e sorrisos cúmplices
devoto-vos portanto e então um tal de feliz dia
que alguém entendeu inventar
Valentine's
Day
11.2.10
Mea Culpa(r)
Diz que um dia foi Feliz,
atentem por favor ao Feliz com letra Capital, como quem chama à atenção que foi em suma,
Feliz
hoje em tempos que correm já fluidos por entre coisas de gente grande,
discernimento e responsabilidade, análise concreta e ponderada, o quer que lhe chamem pode dizer
que houve dias em que a felicidade fez parte
como em tudo o que toca, nem sempre fez bem, nem sempre ponderou e não, nem sempre foi justo
como é injusto colocarmo-nos numa vitimização quando estamos certos que estragámos (quase) tudo sem termos tentado limar arestas, resolver problemas e situações que nos desagradassem,
como se por vezes que admito raras
um salto ao Passado nos fizesse ver que afinal nem sempre foi assim, nem sentido faz que se diga que a culpa é de outrém quando a é em suma minha
saberão as pessoas que me fizeram felizes quem são,
as que se esforçaram para tal e que lutaram constantemente contra este feitio que eu invulgarmente me orgulhava de ostentar como um miúdo mostra o seu brinquedo favorito que não faz, sem sombra de dúvida
questão de partilhar
o que mudou se mudou o tempo
ainda quero casar, ainda quero ser Pai, ainda quero ser feliz e ter um cão e um gato, uma casa gira algures num lugar onde não nos encontrem e serões a fio de puros nadas que são tudo
sou em suma por momentos humano e o defeito maior é que todos os dias se ergue uma muralha que por vezes é insuperável, por outras arrasada de não poder mais subsistir com medo que o tempo acabe amanhã e,
caso acabe
que fique aqui escrito que as muralhas existem para isso mesmo
serem derrubadas
atentem por favor ao Feliz com letra Capital, como quem chama à atenção que foi em suma,
Feliz
hoje em tempos que correm já fluidos por entre coisas de gente grande,
discernimento e responsabilidade, análise concreta e ponderada, o quer que lhe chamem pode dizer
que houve dias em que a felicidade fez parte
como em tudo o que toca, nem sempre fez bem, nem sempre ponderou e não, nem sempre foi justo
como é injusto colocarmo-nos numa vitimização quando estamos certos que estragámos (quase) tudo sem termos tentado limar arestas, resolver problemas e situações que nos desagradassem,
como se por vezes que admito raras
um salto ao Passado nos fizesse ver que afinal nem sempre foi assim, nem sentido faz que se diga que a culpa é de outrém quando a é em suma minha
saberão as pessoas que me fizeram felizes quem são,
as que se esforçaram para tal e que lutaram constantemente contra este feitio que eu invulgarmente me orgulhava de ostentar como um miúdo mostra o seu brinquedo favorito que não faz, sem sombra de dúvida
questão de partilhar
o que mudou se mudou o tempo
ainda quero casar, ainda quero ser Pai, ainda quero ser feliz e ter um cão e um gato, uma casa gira algures num lugar onde não nos encontrem e serões a fio de puros nadas que são tudo
sou em suma por momentos humano e o defeito maior é que todos os dias se ergue uma muralha que por vezes é insuperável, por outras arrasada de não poder mais subsistir com medo que o tempo acabe amanhã e,
caso acabe
que fique aqui escrito que as muralhas existem para isso mesmo
serem derrubadas
5.2.10
Things
I wait for sunshine,
I wait for waves and green see-through Seas.
I wait for a skin the Sun has kissed nice and smoothly,I wait for the laughter of friends,
pictures,
sunsets and drinks.
I wait for nice long meals,
while discussing the meaning of life.
I wait for things that are real,
I don't wait for those that aren't.
4.2.10
Aquele que escreve depara-se vezes por demais com a pertinente dúvida
acerca do que escrever?
Como se já tudo tivera sido inventado e dito, todos os ângulos cobertos de incógnitas reveladas. Como se de um triângulo se falasse e toda a variação do mesmo tivesse sido exaustiva e aborrecidamente já até
discutida
já deram por vocês que a vida passa?
não com ritmos e com avisos, com percursos de A a Z mas sim com desfilar de momentos e dias e mais momentos e tempos mortos sem fim que em suma acabaremos por lhe chamar de isto,
vida
Amigos tenho que ainda não perceberam
que não entenderam a preciosidade que é cada dia, cada acordar
a oportunidade que representa cada uma destas dávidas em que alguém nos pode conquistar, reconquistar, confortar a alma ou o corpo, mudar o percurso dos dias que a partir daí advirão
Amigos tenho que não querem perceber
e não faz mal, se o percurso de um não é o de outro
se ainda que nos carreguemos uns aos outros - ou devamos - vida fora que seja para em igual medida nos respeitarmos mutuamente,
sem recônditos negros, obscuros na alma
onde se alimentem pequenos ódios, invejas e remorsos
que seja portanto cada dia a oportunidade de fazer luz sobre não só os dias que respiramos e os nossos olhos absorvem o que os rodeia,
que os nossos ouvidos nos trazem ao Mundo em mais uma manhã na sua forma única de ser
que o nosso corpo nos diz que sim, uns dias mais dolorosa, outros mais serenamente
estarmos vivos
que seja luz portanto aquilo que vos desejo e que nunca deixem por dizer,
por sentir e fazer
que nunca se sintam em desvantagem por dar a alguém
o Mundo, a vida, os dias
são o que fizerem deles pois tal como se,
por momentos,
a luz pairar sobre o quer que seja deles, certamente pairará sobre o que deles são vocês
mesmos
acerca do que escrever?
Como se já tudo tivera sido inventado e dito, todos os ângulos cobertos de incógnitas reveladas. Como se de um triângulo se falasse e toda a variação do mesmo tivesse sido exaustiva e aborrecidamente já até
discutida
já deram por vocês que a vida passa?
não com ritmos e com avisos, com percursos de A a Z mas sim com desfilar de momentos e dias e mais momentos e tempos mortos sem fim que em suma acabaremos por lhe chamar de isto,
vida
Amigos tenho que ainda não perceberam
que não entenderam a preciosidade que é cada dia, cada acordar
a oportunidade que representa cada uma destas dávidas em que alguém nos pode conquistar, reconquistar, confortar a alma ou o corpo, mudar o percurso dos dias que a partir daí advirão
Amigos tenho que não querem perceber
e não faz mal, se o percurso de um não é o de outro
se ainda que nos carreguemos uns aos outros - ou devamos - vida fora que seja para em igual medida nos respeitarmos mutuamente,
sem recônditos negros, obscuros na alma
onde se alimentem pequenos ódios, invejas e remorsos
que seja portanto cada dia a oportunidade de fazer luz sobre não só os dias que respiramos e os nossos olhos absorvem o que os rodeia,
que os nossos ouvidos nos trazem ao Mundo em mais uma manhã na sua forma única de ser
que o nosso corpo nos diz que sim, uns dias mais dolorosa, outros mais serenamente
estarmos vivos
que seja luz portanto aquilo que vos desejo e que nunca deixem por dizer,
por sentir e fazer
que nunca se sintam em desvantagem por dar a alguém
o Mundo, a vida, os dias
são o que fizerem deles pois tal como se,
por momentos,
a luz pairar sobre o quer que seja deles, certamente pairará sobre o que deles são vocês
mesmos
21.1.10
Amsterdam's Mood
Escrevo-vos estas palavras de um trendy hotel room em Amesterdão. São 00h38 de uma fria noite de Janeiro. Perco-me algures no som que me entra directamente nos pensamentos. Escrevo-vos, mas não vos conheço a cara. Pior, não vos conheço a alma. Mas escrevo.
O que nos muda o tempo?
Vá, convenhamos, para lá de mais uns cabelos grisalhos e linhas que marcadas no rosto relembram tempos que passámos aqui e ali, com alguém e outrém
mas ao tempo, esse
que muda ele em corações, almas, em Mundos nossos que guardamos lá dentro?
Que terá mudado na miúda dos olhos doces e sorriso de perder rumo que um dia conheci?
Que sonhos terão caído e que outros terá hoje aquela que tinha estrelas nos olhos?
Que pensará ao deitar-se aquela que um dia me asfixiou com a força de um abraço?
Quem sou eu hoje que não era então?
Não me tentarão convencer que não, que não guardam memórias só vossas, sentimentos e sensações só vossas e que não, que essas coisas tal como nós, não ganham maturidade e se alteram irremediavelmente através do tempo. Tudo viaja no tempo menos as memórias.
Viajamos nós, irremediavelmente em frente. Viaja a vida e tudo o que se sente no nosso coração e no coração alheio. Viaja tudo, menos as memórias que ficam onde estavam, por vezes apenas retocadas por quem somos hoje.
Por quem sente saudades de um brilho num olhar, de um abraço mais forte ou de um sorriso que nos faça perder o rumo.
Não estou morto e sou apenas humano. Um menos óbvio humano, mas por vezes demasiado humano.
Para vocês que estão por aí, não percam o rumo, mesmo que não saibam qual tomar..
"Ajuda-me a ver em cada um um irmão e não apenas mais um estrangeiro."
O que nos muda o tempo?
Vá, convenhamos, para lá de mais uns cabelos grisalhos e linhas que marcadas no rosto relembram tempos que passámos aqui e ali, com alguém e outrém
mas ao tempo, esse
que muda ele em corações, almas, em Mundos nossos que guardamos lá dentro?
Que terá mudado na miúda dos olhos doces e sorriso de perder rumo que um dia conheci?
Que sonhos terão caído e que outros terá hoje aquela que tinha estrelas nos olhos?
Que pensará ao deitar-se aquela que um dia me asfixiou com a força de um abraço?
Quem sou eu hoje que não era então?
Não me tentarão convencer que não, que não guardam memórias só vossas, sentimentos e sensações só vossas e que não, que essas coisas tal como nós, não ganham maturidade e se alteram irremediavelmente através do tempo. Tudo viaja no tempo menos as memórias.
Viajamos nós, irremediavelmente em frente. Viaja a vida e tudo o que se sente no nosso coração e no coração alheio. Viaja tudo, menos as memórias que ficam onde estavam, por vezes apenas retocadas por quem somos hoje.
Por quem sente saudades de um brilho num olhar, de um abraço mais forte ou de um sorriso que nos faça perder o rumo.
Não estou morto e sou apenas humano. Um menos óbvio humano, mas por vezes demasiado humano.
Para vocês que estão por aí, não percam o rumo, mesmo que não saibam qual tomar..
"Ajuda-me a ver em cada um um irmão e não apenas mais um estrangeiro."
5.1.10
Chegadas - Partidas
Já chegaram algum dia ao lugar,
aquele que
sem motivo nem causa aparente que não o tempo que passou e os ventos que nos cortaram a pele,
não encontram em outrém mais a centalha de vida e paixão que um dia lhes reconheceram vividamente?
Já chegaram algum dia ao lugar,
em que por não vossa escolha decidiram simplesmente abandonar a passo comedido o lugar onde saborearam por um breve piscar de olhos a felicidade que dá nome à palavra?
E vós, que mergulham em palavras,
já chegaram ao lugar onde a vida deu a volta sobre si mesma?
Deixar estes invólucros de pele, de cabelo, osso e presume-se, polvilhado de alma e ser maior que a vida é uma missão sem medalhas. Sem aplausos, sem reconhecimentos heróicos. É apenas feita das escolhas mais justas. Das atitudes mais silenciosas e comedidas, mas as mais eficazes. As que menos magoam os outros e mais nos consomem a nós. As que enchem os dias de ecos e não do riso e conversas de amigos, da casa cheia e de uma vida imersa em coisas boas.
Nem sempre é assim e que assim seja.
Ainda que os filmes nos ensinem uma versão melhorada de determinados pontos da vida - que ser-se justo e bom nos traz felicidade, amigos, famílias gigantescas a almoçar debaixo de uma oliveira, amor e carinho aos baldes - a realidade tende a não se ajustar propriamente a essa versão arco-irista.
Tende portanto a vida a ser assim,
chegada a lugares em que muda o tempo e mudamos nós,
em que largamos lugares e pessoas para nunca mais voltar a ver, pensar, sonhar, lembrar, falar de e rir de. Com. Não mais.
Apenas porque existem na vida chegadas a lugares, como partidas de lugares
na curta viragem que é cada um deles importa sem dúvida o que se encontra no meio
a viagem
aquele que
sem motivo nem causa aparente que não o tempo que passou e os ventos que nos cortaram a pele,
não encontram em outrém mais a centalha de vida e paixão que um dia lhes reconheceram vividamente?
Já chegaram algum dia ao lugar,
em que por não vossa escolha decidiram simplesmente abandonar a passo comedido o lugar onde saborearam por um breve piscar de olhos a felicidade que dá nome à palavra?
E vós, que mergulham em palavras,
já chegaram ao lugar onde a vida deu a volta sobre si mesma?
Deixar estes invólucros de pele, de cabelo, osso e presume-se, polvilhado de alma e ser maior que a vida é uma missão sem medalhas. Sem aplausos, sem reconhecimentos heróicos. É apenas feita das escolhas mais justas. Das atitudes mais silenciosas e comedidas, mas as mais eficazes. As que menos magoam os outros e mais nos consomem a nós. As que enchem os dias de ecos e não do riso e conversas de amigos, da casa cheia e de uma vida imersa em coisas boas.
Nem sempre é assim e que assim seja.
Ainda que os filmes nos ensinem uma versão melhorada de determinados pontos da vida - que ser-se justo e bom nos traz felicidade, amigos, famílias gigantescas a almoçar debaixo de uma oliveira, amor e carinho aos baldes - a realidade tende a não se ajustar propriamente a essa versão arco-irista.
Tende portanto a vida a ser assim,
chegada a lugares em que muda o tempo e mudamos nós,
em que largamos lugares e pessoas para nunca mais voltar a ver, pensar, sonhar, lembrar, falar de e rir de. Com. Não mais.
Apenas porque existem na vida chegadas a lugares, como partidas de lugares
na curta viragem que é cada um deles importa sem dúvida o que se encontra no meio
a viagem
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