3.7.10

(entre)

Se escrevo três parágrafos para os apagar sem a sensação de ter perdido algo significa que não perdi nada. Ganhei. E ao ganhar eu ganham os olhos que pairam por momentos nas minhas palavras.

Se sou de confiança?
Sou. Na minha eterna forma de ser, para os que entendem ao que se aplica um pseudo-complexo de Peter Pan genuíno, de não em responsabilizar em demasia, não me stressar à desgarrada nem me preocupar por demais com coisas como casas, carros, roupa, jóias, o relógio caro, o sapato da moda, o fato que me fará senhor. Os amigos que levo no peito, os lugares onde fui e as pessoas que vou conhecendo, as aventuras comedidas ou desmedidas que vou agarrando, os céus lá fora e as nuvens que são minha casa. As tardes e noites só, as manhãs de gargalhadas quando 99% de vós ainda dorme.. ou se está a deitar, as turbulências da existência e o nunca jamais nunca mesmo pensar em demasia.
O que aprendi ultimamente? - e por ultimamente coloquemos um bom par sobre par de anos em cima da coisa...
O Mundo não pára por nós. Nem tanto nos olha. Cabe-nos a nós aproveitar o passeio da forma que de melhor nos aprouver. Que sejamos felizes em coisas simples, sem demasia na complexidade que convenhamos, não passa de um tremendo nó que mais tarde não teremos capacidade de desatar. Que consigamos rir e sorrir das tragédias diárias, dos desaforos, das desilusões e ilusões. Que consigamos agarrar cada réstea de paixão, de boa-vontade e cada abraço que venha em boa hora - Pi, esta é para ti, conhecedora absoluta da minha :-/ em abraços - e que sintam cada réstea de humanidade em vós.
Sem medos.
Que conheçam as vossas inseguranças para assim as dominarem. Ou delas troçarem, minimizando-as. Que igualmente apontem os vossos defeitos e lhes atribuam uma forma de ser. Um nome irrequieto, como se de pirralho ruivo, pequenote e hiperactivo com sardas e cabelo despenteado se tratasse. Um pequeno diabo da tasmânia - como eu!
Que tratem bem os e as vossas ex's, os amigos com quem já não se dão, os mais velhos e rabujentos e que consigam sempre impressionar os outros por lhes dar mais do que esperam. Que nunca exijam mais dos outros do que o que eles têm para vos dar. Que abracem tudo o que é dado e bom, pois de igual forma pode não estar lá no dia seguinte, bem como a nossa existência.
Seriam mil pontos ou mil pontes. Cada um de nós quer ou tenta chegar a um lugar, um sítio ou ideal. Que encontrem esse lugar, esse sítio, esse ideal. Que seja mais do que esperam. Que o superem e se superem a vós mesmos.
Que nunca, jamais em tempo algum percam a capacidade de supreender a vós mesmos. Serão sempre a vossa maior empresa e o vosso melhor veículo para uma existência maior e melhor.
Que sejam, em suma
Felizes

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