São quase dezasseis horas
entre o céu azul que entrou no dia envergonhado e os músculos doridos que se denunciaram ao acordar e me deram a certeza que estaria bem melhor deitado de manhã que a ir enfrentar as ondas, deleito-me mais uma vez com a imagem do pôr-do-sol de ontem
um dia que inteiramente se fez sentir nublado e com várias ameaças de chuva melhorou consideravelmente no momento em que o Sol se resolveu pôr do outro lado do Mundo
por momentos desejei imenso ter uma máquina digital comigo para apanhar aquela simbiose de mão no Oceano, horizonte em Peniche e o Sol vermelho e gigante a deitar-se por detrás de todo aquele cenário
por momentos desejei estar em boa companhia para partilhar o momento, mas dei por mim feliz, simplesmente feliz por estar certo que momentos assim dispensam qualquer companhia que seja e ainda assim serem imensos
sorri
os meus "colegas" de surfada deleitaram-se, também eles por momentos, no fantástico cenário que se vislumbrava, certo estava eu que lhes teria passado despercebido não fosse eu ter ignorado dois sets completos para me deleitar com algo tão simples e, ao mesmo tempo, tão belo
enquanto aquela lenta valsa progredia, dei por mim a pensar que nem Monet conseguiu captar toda aquela essência, notoriamente demasiada para qualquer tela, para qualquer fotografia ou qualquer interpretação que não a dos nossos olhos e, bem mais importante e preenchedora, do nosso ser
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