Hora de almoço
bem, hora de almoço para a larga maioria de veraneantes de fim-de-semana entre os quais os meus mal-amados "surfistas de fim-de-semana"
hoje dezasseis alunos na surfschool - um abuso!
e as ondas tão tímidas
ontem um dia em cheio
quatro horas e meia de surf, dezenas de ondas seguidas, alguns tralhos dignos de um vídeo de comédia e eu contente. Gasto, mas contente - feliz, à falta de melhor termo.
Não saí.
Aparentemente continua a existir uma certa dificuldade entre as minhas vontades, as pessoas que conheço e as condicionantes práticas da falta de dignidade e respeito que algumas, muito poucas pessoas demonstram por mim. Será natural excluí-las agressivamente da minha área de interesse sem hipóteses de retorno.
Ainda a matutar nas palavras do Cintra e nas semelhanças com o passado
se é dito que as histórias se repetem apenas com alguns toques de malvadez, cada vez mais estou certo que sim, que é efectivamente verdade
e se porventura estou tão mais aberto, sereno e social, por outro estou menos dado, tão menos dado que nem faço intenções de dar o que seja que não dois dedos de conversa
nem um café, sendo noventa porcento dos cafés aquilo que se entende por uma entrevista pré-coito
(ahahah)
Ainda a ver o ondular no nose, olhos fixos na Berlenga que parece tão mais próxima aqui ao fundo em casa do que lá em baixo na água - mera ilusão de óptica, mas fascinante
ao lado o Sol que já se punha a apontar às costas da dita ilhota e mais uma vez serenoo, absolutamente
como se mais nada importasse nem ninguém mais existisse
aguardando o próximo set, não espero por mais nada
cansei de esperar, por vezes de desesperar mas a maré encheu e voltou a descer
levou tudo
menos a mim e a tudo o que eu, efectivamente e renovadamente
sou
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