Hoje não, ainda ontem.
Ontem chegado à tarde.
Trovejar, chuva torrencial. Vesti o fato, peguei na prancha.
Chegado à praia com um grupinho com quem confraternizei - irónicamente sem lhes perguntar de onde eram, certo que seriam Nórdicos - só três pessoas na água.
Eram quatro da tarde
menos gente, mais gaivotas em terra e aqueles pequenotes que andam alucinadamente pelo areal fora
por momentos saudades do Verão, mas quase emocionado com a beleza de ver os raios caírem no horizonte e as gotas de chuva na água ao meu lado.
Surfei no verde, com a mão em câmara lenta a fazer-me uno com a onda que me levava, o rasto de água como que desfilando ao toque dos meus dedos e soube
sou feliz!
não obstante a frustração de ter falhado imensas outras boas ondas, de não estar ao nível de alguns "pros" que faziam o que queriam das mesmas, não pude deixar de estar imensamente satisfeito
fim de tarde e as nuvens a abrirem para darem lugar ao palco do pôr-do-sol
sempre o mesmo, sempre novo, sempre dado a suspiros e sempre incerto se o voltaremos a ver
Hoje nada de chuva
dia de sol a lembrar aqueles dias quentes de Setembro com a excepção de nenhum salva-vidas, nenhuma toalha de gente a apanhar sol, de crianças a brincar à beira da água e de uma praia cheia de gente
agora que o Verão morreu para todos menos para os que tenham o privilégio de viver o mar intensamente, a praia é só nossa pelas horas que quisermos
estaremos sempre dependentes dele, o mar
mas certamente que independentes entre nós nos continuaremos a divertir com o passar da mão pela próxima onda como se de uma íntima carícia se tratasse e de todos os momentos que passamos entre ondas, entre sets, entre momentos em que mais nada importa a não ser apanhar a onda certa no momento certo
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