Terça-feira.
10 da manhã e desperta o telefone.
"I sit and wait.." e abro os olhos.
Tenho os braços doridos, ainda que não em demasia no sentido de me impedirem de ir à água hoje, mas ao mesmo tempo aqui estou sozinho sem me chatear com muita coisa e certamente sem me preocupar com as pessoas que me falham no sentido de me "prometerem" o quer que seja.
Os amigos que "..pah, eu digo-te qualquer coisa.." em dia X mas já o dia X passou há dias e dias. As desculpas mais velhas do livro para quem não tem a capacidade de, talvez deselegantemente como eu mesmo costumo fazer, dizer que não lhe apeteceu dizer nada ou que não quer mais conversas comigo.
Quando mais novinho - e não foi assim há tanto tempo - tinha o péssimo hábito de fugir das situações e das pessoas, evitando os confrontos e tudo o que me fosse desagradável. Escudava-me mil vezes procurando refúgio em pessoas ainda menos fiáveis, menos verdadeiras, menos pessoas.
Sabes que mais?
Hoje estou sozinho até à tarde, hora alguma em que me vou fazer à água e me encontrarei com mais alguns dos malucos de ontem enquanto fazemos por arriscar o pescoço uns dos outros - bem, mais uns que outros - e nesse momento sei que terei os meus preciosos minutos sentado em cima de uma prancha quando, ao fechar os olhos, sentir o vento que percorre a superfície do mar, com o qual me tenho identificado tanto ultimamente.
Hoje não preciso de ninguém, não quero ninguém, não desejo ninguém.
Não busco compreensão, não busco entendimento, não persigo algo que me transcenda - são tudo coisas que não se buscam. Ou estão lá algures ou não estão de todo porque talvez nunca tenham tido alicerces para estar.
Irónico no fim de tudo talvez seja o facto de, independentemente de a dada altura ter procurado os meus amigos, convidando-os até para virem passar uns dias comigo aqui à praia, nem um se ter disponibilizado para tal, sendo que com já mais de 24 horas de atraso ainda "espero" - sem esperar de todo - uma resposta ao convite já feito há dias atrás.
Cada vez mais distante, mais no outside, vou procurar cada vez menos as pessoas que me colocarem à distância.
Todos os esforços serão proporcionais aos feitos pelos ditos alheios e assim, talvez assim não tenha mais de me preocupar de todo com todas as atitudes que considero injustas da parte de pessoas que dizem ser tanto, importar-se tanto e, em dada medida, fazem tão pouco ou nada!
Take care, my so-called... friends! ;)
"No regrets, they don't work"
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