6.12.07

Quase Três

O meu relógio marca quase três
o teu?
é entre silêncios que converso em monólogo e juro que um esforço
escrever de mãos geladas
afinal estamos quase nessa altura que é supostamente de sorrisos
nada planeado que não sejam uns pormenores
com a vida no limbo entre isto e outra coisa qualquer que não sei
mas de maiores certezas que as que tinha vindo a ter
vejo-me assim
distante e de sorriso triste
novamente sem ver nem querer ver ninguém à volta que por momentos sequer possa pensar
em entrar
não entra
pudera dizer-te que para ti mas eu
egocêntrico eu
o meu relógio passa tão depressa
o teu?
vinte e seis e já podia anos atrás ter feito o que faço esta semana mas sempre adiar
nunca por mim mas pela desculpa de outrém
depois desta
acabar-se-ão as desculpas?
quererei sempre tudo ou terei um ponto fixo no tempo e espaço que me dite
importante que me dite
o que é efectivamente importante a partir daí
nunca estarei longe mesmo que não me ouças
que não me leias
que não penses sequer na minha existência
inevitavelmente terei como tenho esta alma que leva tudo comigo
a uns mais que outros como todos
deseja-me bem porque eu só te desejo
o melhor

1 comentário:

Ana Carolina disse...

Marquitt, como diz Richard Bach , no seu livro - "Não há longe nem distância" :

"Somos o que mais longe podermos voar, enquanto ficamos imóveis a ler, estaremos onde mais longe o nosso amor poder ir, porque na amizade tudo é possível para se estar perto: basta olhar o céu, sentir o fim da tarde, voar com os pássaros "

um beijinho**