Ainda não sei do que fogem as pessoas,
neste esforço constante que não faço por entender,
ultimamente sonhado muito com céu azul,
casa, pessoas de quem sinto alguma falta,
sensações que pertencem à minha alma e às quais tenho falhado,
é óbvio que não tardarão,
assim espero
mas dadas duas semanas de me sentir doente,
a força anímica para rumar a outro País para ver uma praia e me meter dentro de água escasseia
que não num Mundo onde apenas a beleza literária e imaginária desse feito
contrasta tão evidentemente com a dureza da realidade do mesmo,
em palavras curtas
o meu corpo está quebrado, a minha alma um bocadinho com ele
pelo que só pode melhorar
apesar da dificuldade hoje em manter o léxico coerente, as palavras direitas
para que assim depreendam o estado em que me sinto
afinal as pessoas fogem de tudo,
do que gostam e do que não gostam,
de aventuras e desventuras,
as pessoas, essas, mentem com quantos dentes têm
e no fim de contas não as condeno, tendo em conta tantas as que conheço e à sua natureza
já cresci para lá de promessas e miragens,
para lá de lugares onde nos tentam colocar nos píncaros,
já vi e vivi coisas que não me depreendo a explicar ou debruçar sobre elas
não hoje pelo menos
Não esperes do Mundo nada mais do que aquilo que lhe dás,
daquilo que o Mundo efectivamente está sempre pronto a te dar
mais, não culpes ninguém pelas suas falhas,
foca-te nas tuas
ao resolver assim todos os dias dormir de consciência tranquila posso pensar que esta fragilidade em que me sinto é nada mais que,
como sempre
passageira
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