1.2.11

Moonlight Drive

Nunca estás propriamente num só lugar,
se a vida te levar onde deve e,
se por momentos te lembrares
por ela lutar e puxar
ao fim ao cabo é a tua viagem e tu a sua caravela
acomodares-te é um presságio para a morte,
uma que talvez não te satisfaça,
que em instantes finais te deixe talvez demasiadas interrogações e não uma mente limpa, livre
se é que por obséquio partimos assim
que nunca esqueças a paixão que mora em ti,
a grandiosidade da mesma
para tal enaltece sempre os teus pontos fortes e cuida deles,
abafa os fracos
ainda terei os meus dias pela frente,
a seguir em direcção ao horizonte de sorriso em riste,
com o peito ao ar que me tenta trespassar a pele e só não conseguirá,
nem por momentos,
porque ali estarei, bem vivo
temos todos um caminho, apesar de estarmos todos virados na mesma direcção
neste que tal, aguardo por tantas coisas boas que me é difícil colocá-las em letras
nunca te esqueças de construir a tua existência com optimismo,
será sempre o teu maior empreendimento,
o teu lugar,
por onde quer que a vida te leve

Foto em Londres Gatwick, habitat natural para mim nos últimos anos, enquanto numa noite fria aguardava pelo próximo comboio para casa. No entretanto cruzei-me com diversas pessoas curiosas e peculiares. Apesar do gelo e cansaço que me pesava no corpo, relembrei mais uma vez a mim mesmo o quão efémeras são todas as coisas. Mesmo as que amamos e detestamos. Mesmo nós.

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