Não sei se ao fim do tempo ainda me lês,
à distância que é nenhuma no nosso mundo digital,
por onde entre tantos que dizem ser eu nunca esqueço quem sou
os caminhos que percorri para te dizer onde estou,
não igualo em palavras as almas que por dedos percorri,
com pensamentos persistentes mantive,
com elas na mente adormeci
Porém não gosto, detesto que assim me deixem escapar,
com as quaisquer desculpas que faço para mim,
fazerem suas para que não se deixem ficar
sonhar,
ao maior desperdício que na vida encontro,
o de entrarmos no Mundo os dos outros
deixando-os rapidamente,
sufoco
não sei se ainda existem anjos lá fora, se ocupados
com o Mundo como está, convenhamos,
não lhes culpo de forma,
fastigados
vou ficar por aqui sem desculpas em me encontrarem,
em me dizerem o que lhes passa, o que lhes faz sentir,
se algo,
se um dia,
se lembrarem
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