Da felicidade,
coisa acerca da qual se escreve muito, se discute efectivamente pouco e se sonha constantemente
sonho eu,
enquanto humano que sou cá dentro, feito de carne, osso e cabelo, sangue e água
muita água, dizem
pois muita água corre por nós em determinados tempos da nossa existência
no nascer anuncia que sim, estamos vivos e bem aborrecidos por termos sido removidos do conforto para este discutível Mundo
que hoje não vou categorizar de bom ou mau, apenas o que ele é
sendo portanto
tudo isso
ocasionalmente choramos de felicidade,
sei eu que já o fiz e também conseguiria com atroz certeza identificar todas as outras vezes que o fiz tantas quantas as que me senti preenchidamente feliz
em vida curta esta,
que é como dizer que abrir e fechar de olhos e passou tudo
todas as memórias, todas as pessoas, todo o Amor e ódios de estimação
todos os ecos de risos e sorrisos, de olhares cúmplices e todos os adeus,
vivemos no ralo da existência,
serenos
sempre dispostos a sonhar com a essência que nos faz maiores,
humanos
que desperta em nós as mais deliciosas sensações,
o nosso melhor lado
ao fim de cada dia vencidos para novamente acordar dispostos
contemplando o Mundo para o qual fomos atirados,
serenos,
sonhamos com ela
a Felicidade
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