19.6.08

A

A pele
por si so um Mundo, deslizante, parque de entretenimento de todos os meus desejos e ansiedades, onde repouso a minha juntamente com o embalar de um olhar
por dias e lugares, os sorrisos quebrados na minha direccao
vistos e revistos, efectivos lugares-comuns da minha existencia no Planeta Terra aliado a minha suposta modestia de nao ligar de tao ligado que estou a outras coisas que chamaria no seu todo
essencia
ontem eu aqui no sofa e a Emma a dizer
dois anos a viver juntos e de noivado e ele diz "overnight":
"Nao quero nem vou casar contigo. Nao te amo nem nunca te amei!"
o terrorista, bastardo
eu a julgar a coragem dele maior que o Mundo em toda a sua crueldade, como se rebenta com a corrente sem do nem piedade provavelmente para alem de qualquer remendo e nos aqui, todos cheio de panos quentes a pousarmo-nos uns aos outros, distanciando-nos a passos em bicos de pes como se a vida um bailado e lembrei-me
um dia amas, no outro nao existes
como na vida, la esta que dita que um dia respiras e no outro nao
nada de cruel na natureza das coisas se eh a forma como elas persistem
esta miuda de varias que conheco linda de morrer
se bem que nunca me lembro de alguma vez ter querido morrer por alguem ser lindo e a alma que parece grande por vezes escapa-me a dela para o pequena, infimamente pequena a lembrar-me que a ultima vez que me deixei ir em historias assim podia ter aberto uma loja de afagar egos e nao
nao estou aberto no negocio de afagar egos
para isso existem todos os imbecis, pseudo-estilosos que vivem de ansiedade de impressionar, de falar a boca cheia de coisas que nao sabem e no fundo nao saberem coisa alguma sobre coisa nenhuma
acabamos por viver nesta roda de coisa nenhuma todos, tao imbecilmente afectados pelo que achamos que queremos quando o que efectivamente queremos nos pode escapar mais facilmente do que dizer
imbecil
diria a todas essas pessoas que o aspecto maravilhoso delas nao me ilude e ja ha bastante tempo sei o que preciso e o que nao quero, restando apenas todo o tempo no entretanto para nao cair no erro de ter o que nao desejo
novamente
o Mundo nao eh cruel como a natureza tambem nao o eh
o Amor, esse a existir tambem de cruel nao tem nada, se tao natural eh na vida
crueis somos todos nos, a colocar as nossas insegurancas nas costas dos outros e cruelmente a faze-los penar por todas as nossas falhas como pessoas
think about it! ;)

1 comentário:

Anónimo disse...

Por isso é que eu digo e volto a dizer...
Complicamos o que simples... Culpabilizamos os outros pelos nossos erros, pelas nossas falhas...

Nada como sermos sinceros, nao apenas connosco mas com o Mundo...