27.6.11

MAD days, Madrid days

Fazem hoje onze,
dias
oficialmente a viver pela Capital Espanhola
oficiosamente chamemos-lhe vinte e sete
a fazer recordar que dois meses dos meus grandes,
trinta
números, matemáticas que articulamos para não nos sentirmos tão sem rumo
como se ao darmos um nome, um número a coisas, vivências
com isso as tornássemos eternas e indeléveis,
ainda que tão nossas e de poucos mais sujeitos que estejam enfim,
sujeitas a perecer tão penosa e irremediavelmente,
esquecidas
os nossos maiores dias, as nossas maiores vivências,
momentos de glória e dôr,
paixão, amor
indeléveis somente nas nossas almas e de quem nos vivenciou,
acreditemos,
somente
por todo o resto, todos os durante e os além, os oxalá
um sem-número de sem-sentidos, de irremediáveis momentos contados, perdidos
na beleza efémera que somos nós,
eu, tu e vós
restamo-nos não mais e somente uns aos outros,
para escutar e falar e amparar,
existências
para que mesmo que sujeitos em uns e outros a subsistir
nunca nos esquecemos que é agora, é hoje
de tudo o que foi dali até aqui
existir

..e com isto distâncias, que as há, de tudo. Não sei bem ao que escrevo ou a quem se não a mim. Não restam mais que não os livros por ler e os sítios que ir. Todos os entretantos são meramente isso. E com isso se envenenam dias que se evitam envenenar, uma Odisseia constante contra tudo o que nos tenta demover, a essas energias que saberão que receberão " tenfold " de volta e a nunca perder o fio à meada. Nunca. Se queres, faz acontecer.

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