Moods,
elevam-nos e arrasam-nos os dias
as noites, lugares, caras e pessoas
sentimentos,
sensações,
quero-as a todas num bolso,
anotadas por ordem alfabética e ordenadas cronológicamente
todas,
as que vivi e vivo, as que aguardo fazer, ansiosamente
de sorriso de miúdo em riste, à medida que por mim caminham
a escassos centímetros sem que os meus olhos te sigam pela sala,
pela rua, no teu lugar,
onde quer que seja - não me importa mais
sou uma muralha, o Mundo
sou aquilo que um dia te contaram existir e não acreditaste,
a excepção da regra, à regra
o inamovível, sempre a caminho, sempre lá nunca aqui
para ficar
sou o que desejo e um pouco mais que não controlo,
limitado pela epiderme que me serve de rosto,
os olhos inchados, vermelhos, mal descansados
a alma imóvel, ora plena de paz, ora de todos os excessos
sou o que sempre te quis dizer e te disse,
as palavras que escrevi e que nunca ouvi em feedback
sou e somos,
tantos muito iguais,
uns poucos,
tão diferentes
e com isto a primeira semana de Madrid. Porque posso. Porque acredito piamente que temos que de tempos a tempos quebrar o molde, fazer um novo e chamar à nossa vida um sentirmo-nos vivos. Porque há sangue quente e o meu gelou. Porque me apeteceu um dia ser impulsivo e saltar para um barco, como tinha feito outras vezes antes. Porque é verdade que a extrema esmagadora das pessoas nascem, vivem e morrem no mesmo lugar - eu não serei uma delas.
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