27.7.09

Meet You In The Sunset

Duas das melhores pessoas do Mundo fazem anos entre ontem e hoje,
poderia de sorriso Meu dizer que são duas Princesas
a primeira porque vive do seu ser feminino, por vezes aparentemente frágil como se preso por finos cordéis, ainda que aos meus olhos pendurada por correntes inquebráveis que resistirão muito após todos os outros,
esses ditos facilmente felizes e contentáveis com a existência,
cederem
virá ainda o tempo em que Pi perceberá que o Mundo é inconstante, como a existência
que ora estamos em cima, ora em baixo
que uns dias temos um centro do Mundo, outro nem os nossos pés encontramos porque a cabeça não está onde pertence
Pi perceberá aquilo que já sabe portanto
que a vida é angariar de tudo isto a parte melhor, a parte mais efectivamente importante ao espremer cada experiência,
saberá que é o que M lhe deseja como prenda de aniversário pois é a isso que ele, hipócrita e friamente, se dedica afinal durante todos os entretantos

A outra princesa dá pelo nome de Joe,
não fôra o seu ar tremendamente másculo mas de sorriso fácil e feminino e chamar-lhe-ia minha irmã,
não que ele se importasse afinal, pois é uma daquelas raras pessoas que povoam para lá das fronteiras do meu Mundo onde convenhamos,
a grande maioria de vós que me poderá estar a ler e considerar-se meu amigo
simplesmente não tem (ainda ou jamais) reconhecimento para polvilhar
julgar-me por uma meia-dúzia de linhas em centenas de "posts" é fácil
a parte difícil ocorre em horas de partilha dessas horas mesmas sentados ao pôr-do-Sol numa qualquer esplanada em que o dia esteja bom para os ágeis de pensamento e para os maiores de alma,
(não eu)
Ao Joe sei que começa para ele um novo dia,
numa vida que está em mutação, entre fases difíceis e fáceis
é o meu Irmão e pouco tenho para lhe ensinar que não seja onde encontrar o ponto de equilíbrio onde esquecemos tudo o mais e perspectivamos aquilo que interessa.
No nosso caso, uma cerveja fresca num quente fim-de-tarde à beira-mar

Este é em suma a chamada das Princesas,
das poucas que restaram após terem sido efectivamente dizimadas pelo tempo,
pela mediocridade que com ele se arrasta e com os cerrares de olhos que aparentam felicidade quando a visão entra em blur
é também um anúncio de morte para quem nunca viveu, para essas partes de vós que tendem a criticar, a massacrar e a tentar amassar os outros, regra geral nesse Portuguesismo tão triste e denunciador de uma tremenda e monstruosa falta de auto-estima
Ao pôr-do-sol apenas conta quem está,
esteja como estiver e quando estiver
encontro-vos lá

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