Ao espelho sou mais um rosto apenas,
dias há que um ser que não se vê assim por ter cores que não são dadas à pele, ao sorriso, às pequenas rugas que se fazem em tempos largos,
a cabelos que mudam de côr e textura, do escuro em volta de olhos que descansam pouco por noites a fio e que ficam sem dormir quase sempre imersos nos mesmos pensamentos que nos assolam
o que poderia ter sido diferente, o que poderia ter sido igual, a que caminhos me presto para chegar onde quero ir
nesses dias o ser encontra-se nos olhos,
perdão no olhar
que ora pesado ora sorridente se faz sentir e se projecta para os restantes seres
ao tombar a cabeça na almofada em quantas mentes, se alguma
em quantos corações se algum o há
e porque não em que condicionantes e condições, em que parcas e frágeis existências e insistências desta coisa que é afinal viver e insistir persistir existir
ao que atiramos afinal o tempo,
se preenchido por espaços vazios, sorrisos de passagem e olhares que não trazem real e quente conforto
humano
de que formas encurtar e minimizar todos estes lugares onde está silencioso e quieto, mesmo que numa ausência de verdadeira paz
que palavras diria hoje afinal depois de tanta estrada, de tantos céus e tanta hora passada afinal em quê
e porque não persistir afinal existir,
se dentro disso existe o sonhar, ansiar e persistir criar
porque não apenas e simplesmente
ser feliz
dar passos largos em espaços curtos e vazios,
preenchê-los sim, afinal porque não
com sorrisos
1 comentário:
Claro meu lindo...preenche-los com sorriso sim...assim deixamos e levamos as lembranças conosco, guardadas em forma de sorrisos!!!
Beijos meu miguito lindo...
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