Há outros dias em que se acorda,
não que não se faça todos os dias à excepção dos dedicados a directas
os sonhos que nos fazem regressar a lugares que nunca existiram e onde fomos felizes a fio
as palavras iguais e os gestos,
reminiscências de coisas que nos fazem no dia em que acordamos recordar o porquê de não,
não fazer sentido e não voltar a ser
existe esta larga linha onde pessoas imensas saltam e dão pinotes na corda bamba
entre o ilusório da ideia que têm delas mesmas e dos julgamentos que fazem dos outros corre-se o risco de se estar redondamente errado no ponto que vai do início ao fim
da corda
Como quem escreve por mero gosto e está certo de que existem textos bons e maus,
notoriamente um mau
mas que nem por isso se deixa abalar porque nem todas as coisas belas do Mundo são perfeitas, nem todas são majestosas e sem apreciarmos a vida pelos seus defeitos jamais tiraremos partido das suas maiores dávidas
convencidos que estamos agora todos de que vamos viver para sempre,
talvez porque a nossa vida passa pelo hi5, pelo facebook, pelo msn e por outras esquisitóidices do tipo, essas antes evolutivas e apenas dependentes da disponibilidade ou não da tal rede,
esquecemo-nos alguns muitos de viver, de deambular pela vida de sorriso parvo,
de meter a mochila às costas como eu amanhã, depois de amanhã
a me perder por um qualquer redundante e majestoso lugar que ainda me falta decidir
lá me voltarei a encontrar como tenho encontrado aos poucos nos últimos tempos,
lá não precisarei de ninguém que não tenha realmente,
como dizia um amigo um dia
não importa onde vais,
lá estás tu!
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