16.2.09

Factor #1 (Redundância)

Talvez a coincidir com os seguintes factores,
céu azul, sorrisos alheios, sorriso próprio, a energia que volta aos poucos mas de certa forma galopante
tiram-se diversas conclusões em dias assim,
se é que de dias ou de noites ou das coisas com que sonho durante a noite que não são de todo da vossa competência mas talvez apenas partilháveis com duas talvez três pessoas neste Mundo que não têm nome
a vida é feita de redundâncias
tal como
o amor é feito de redundâncias
não coincidências, não destinos fatídicos e maiores que as pessoas, não
re-dun-dânnnn-ciiii-as
demonstrem-me um amor actual para o qual alguém tenha esperado e (d)esesperado,
uma prova de afecto que o tempo não tenha levado como o mar leva os castelinhos de areia e aí abro um parêntisis à minha aparentemente frustrada,
que de nada frustrada tem, acreditem-me
afirmação
entre a #1 e a #20 deste ano de belo 2009 tomei a decisão sábia de e apenas por divertimento próprio e proveito maléfico ver o que aconteceria com um simples factor,
tempo
o tal, o incontornável e inconfundível, como se outro houvesse que nos fizesse mais estragos e nos deixasse passar por mais amarguras e desafios que este
à excepção de uma tal de excepção, o tempo costuma provar aos audazes que as suas teorias têm fundamento
ao fim ao cabo o Amor, seja ele o tal Amorzinho de Loiça ou o tal do "Querida mete a antena no Canal 1" o facto é que A, I, J, D, F e mais não sei quantas outras letras estão com Z, J ou R porque não estão com S, L ou T
se no espaço de semanas e de certa forma ciclicamente assisto a este espectáculo que é a vida sentimental alheia, porque estranha L quando lhe digo que não tenho paciência
ou porque duvida L - o L - quando lhe digo que afinal a chatice não compensa, para part-times e take-aways ia à pizzaria ou talvez ao senhor Chang do restaurante Tailandês por antes uma boa Masala
não é uma ofensa, mas o Amorzinho Descartável chateia-me do alto dos meus vinte e sete vividos anos, como me aborrecem as guerrinhas de bonecas, as parvoíces de meninas pequenas feitas grandes e os deambulares de pequenez que encontro em sem-número de almas
para o amorzinho part-time terei sempre a filosofia de que posso deixar os jeans no chão do quarto e que a almofada é minha e só minha,
que os hotéis onde existem dois quartos são para em cada um dormir uma pessoa,
a noite anterior não existe no dia seguinte e assim por diante
aos amorzinhos de loiça, esses que existem em fila numa qualquer estante imaginária para a qual muito raramente olho, devoto-lhes a mesma importância que aos redundantes Amores a que assisto,
ausente de olhar invejoso ou pensamentos destrutivos desejo sim que seja desta que acertam naquilo a que não me dou ao tempo,
à vontade,
ou convenhamos às pessoas
de acertar!

1 comentário:

Anónimo disse...

Por ter na mente demasiados pensamentos aos encontrões, optei por acender a luz do meu quarto, ir buscar o meu pc e colocar-me no colo das tuas palavras. É exactamente isto, colocar-me no colo das tuas palavras, porque me sinto acolhida e recolhida nelas. Porque encontro nelas uma cumplicidade estonteante.