Vai estar,
dia trinta e um do doze, dois mil e dez
dois mil e onze
estes números que ainda parece que ontem pareciam tão distantes,
a vida que passa num piscar de olhos e por vezes tenho saudades de coisas que não fiz ainda,
coisas que quero tanto fazer,
sem por momentos me colocar com promessas que sim,
dois mil e onze é que vai ser!!!
este ano é que é,
whiskas saquetas vezes mil
todos os dias temos a oportunidade de mudar a nossa existência,
de nos aventurarmos nela e no Mundo para enriquecermos aquilo que somos,
o quer que seja
um dia apenas passa e tendemos a acreditar que é um novo começo,
que mudaremos a nossa personalidade, exorcizaremos os nossos fantasmas, enterraremos os Passados, os erros, os instantes mal-vividos, seremos melhores, mais aptos, mais sábios, menos frágeis, mais felizes, mais vividos, a duzentos mil à hora,
desejo-vos sinceramente do fundo do coração que sim,
que vos sirva a inspiração para mudar uma, duas dessas questões para melhor
que sejam acima de tudo felizes e saibam apreciar cada momento
que aproveitem os momentos com as pessoas que vos são importantes,
mais desejo-vos, aos que não sabem ainda, o poder de apreciar as coisas simples
o Mundo está cheio de coisas boas e más,
todas elas parte da nossa existência
dois mil e onze
são apenas mais trezentas e sessenta e quatro novas oportunidades para o fazer acontecer
Feliz Ano Novo
...mais que nunca estou fã do Snoopy! Só porque posso!
Aparentemente, um Mundo Só Meu à vossa disposição e à dos vossos sentidos quaisquer que sejam eles
31.12.10
26.12.10
"Hoje Não!"
Não me compram as palavras,
de tantas vezes que as usei a todas, em quase todos os sentidos imagináveis, calculáveis, previsíveis
inimagináveis em serões
com o tempo aprendi a ser a mais fria versão de mim,
também a mais serena, distante a mais de mil milhas de um qualquer horizonte,
apagadas muitas vezes as luzes em pleno cruzeiro, o rádio silencioso e a navegação a fundo, sem refreios,
noite dentro,
escuridão
só sabemos o que há do outro lado quando chegamos ao limite das coisas,
quando batemos nos fundos,
nos tectos,
nas almas uns dos outros,
testando-lhes mais que o pulso, a essência
talvez para mim já seja tarde,
não me socorrendo de um qualquer idealismo e sonho infantil de que o quer que venha na minha direcção me irá mudar de tal forma o cerne que apagará esta essência do que sou e de quem é em mim,
talvez não o queira de qualquer outra forma,
de tão convicto que estou de que a efémera passagem pelo Mundo é feita de aproveitar cada centalha de cada coisa,
cada inspiração e expiração deste corpo,
não se desiste de viver,
como não se desiste de acreditar que todas as regras,
todas elas,
mesmo as minhas,
foram feitas para serem irremediavelmente demolidas, arrasadas
indubitavelmente devolvidas ao entulho da Terra que as ergueu,
como nós,
na nossa existência,
mais tarde devolvidos apenas ao que somos no fundo, no tecto
a nossa essência
de tantas vezes que as usei a todas, em quase todos os sentidos imagináveis, calculáveis, previsíveis
inimagináveis em serões
com o tempo aprendi a ser a mais fria versão de mim,
também a mais serena, distante a mais de mil milhas de um qualquer horizonte,
apagadas muitas vezes as luzes em pleno cruzeiro, o rádio silencioso e a navegação a fundo, sem refreios,
noite dentro,
escuridão
só sabemos o que há do outro lado quando chegamos ao limite das coisas,
quando batemos nos fundos,
nos tectos,
nas almas uns dos outros,
testando-lhes mais que o pulso, a essência
talvez para mim já seja tarde,
não me socorrendo de um qualquer idealismo e sonho infantil de que o quer que venha na minha direcção me irá mudar de tal forma o cerne que apagará esta essência do que sou e de quem é em mim,
talvez não o queira de qualquer outra forma,
de tão convicto que estou de que a efémera passagem pelo Mundo é feita de aproveitar cada centalha de cada coisa,
cada inspiração e expiração deste corpo,
não se desiste de viver,
como não se desiste de acreditar que todas as regras,
todas elas,
mesmo as minhas,
foram feitas para serem irremediavelmente demolidas, arrasadas
indubitavelmente devolvidas ao entulho da Terra que as ergueu,
como nós,
na nossa existência,
mais tarde devolvidos apenas ao que somos no fundo, no tecto
a nossa essência
16.12.10
2:22
Não minutos,
horas da noite de um dia estagnado
estou em crer que de muitos seguidos de muitos outros
antecedidos de tantos
estou em descrer na humanidade à medida que mais um Natal se precipita
nunca vi gente mais só, mais desprovida de humanidade,
não se dá mais uso à palavra saudade,
raros momentos de humildade,
estou até em crer que existem momentos do dia e noite em que não existo,
desprovida a humanidade
estava em crer que a dadas horas do dia estávamos mais conectados,
mais ligados e saudosos, como se as coisas importassem
as pessoas mais
afinal não,
afinal só eu devo sorrir quando me lembro de coisas simples,
quando vejo um qualquer vídeo antigo onde não estou onde outrém sorri,
ou youtubo amizades que se sumiram num vazio
enquanto assisto a status updates de outras que tais
está tudo bem
está sempre tudo bem
o meu iPhone tem bateria, o XPS ligado vinte horas ao dia e ainda vôo pelo Mundinho
tenho duas guitarras eléctricas na calha como prenda para mim mesmo,
comprei uns Diesel para me vestirem os pés
umas bombasine na Quebramar para me manter quente
as tralhas trendy que fazem tão mais sentido no Natal,
tomo vitaminas todos os dias e tenho tido insónias,
jetlag permanente e uma agilidade mental que eu próprio reconheço notável
por vezes o frio Britânico faz-me doer a pele e tenho saudades do Sol do Verão,
como morro de saudades das ondas, da areia nos pés, da água gélida do Mar e dos pores do Sol
vou assim a caminho dos lençóis
algodão egípcio, um sonho de dormir
se ao menos eu conseguisse
mas agora que estamos todos tão concentrados em porcaria e não em pessoas,
coisas em vez de seres
como se eu algum dia assim,
estou em crer que dormiria e teria bons sonhos,
como se o Mundo fosse um lugar justo, mesmo e novamente a uma semana de um tal Natal
boas compras, não se esqueçam de oferecer abraços este ano
horas da noite de um dia estagnado
estou em crer que de muitos seguidos de muitos outros
antecedidos de tantos
estou em descrer na humanidade à medida que mais um Natal se precipita
nunca vi gente mais só, mais desprovida de humanidade,
não se dá mais uso à palavra saudade,
raros momentos de humildade,
estou até em crer que existem momentos do dia e noite em que não existo,
desprovida a humanidade
estava em crer que a dadas horas do dia estávamos mais conectados,
mais ligados e saudosos, como se as coisas importassem
as pessoas mais
afinal não,
afinal só eu devo sorrir quando me lembro de coisas simples,
quando vejo um qualquer vídeo antigo onde não estou onde outrém sorri,
ou youtubo amizades que se sumiram num vazio
enquanto assisto a status updates de outras que tais
está tudo bem
está sempre tudo bem
o meu iPhone tem bateria, o XPS ligado vinte horas ao dia e ainda vôo pelo Mundinho
tenho duas guitarras eléctricas na calha como prenda para mim mesmo,
comprei uns Diesel para me vestirem os pés
umas bombasine na Quebramar para me manter quente
as tralhas trendy que fazem tão mais sentido no Natal,
tomo vitaminas todos os dias e tenho tido insónias,
jetlag permanente e uma agilidade mental que eu próprio reconheço notável
por vezes o frio Britânico faz-me doer a pele e tenho saudades do Sol do Verão,
como morro de saudades das ondas, da areia nos pés, da água gélida do Mar e dos pores do Sol
vou assim a caminho dos lençóis
algodão egípcio, um sonho de dormir
se ao menos eu conseguisse
mas agora que estamos todos tão concentrados em porcaria e não em pessoas,
coisas em vez de seres
como se eu algum dia assim,
estou em crer que dormiria e teria bons sonhos,
como se o Mundo fosse um lugar justo, mesmo e novamente a uma semana de um tal Natal
boas compras, não se esqueçam de oferecer abraços este ano
9.12.10
Smile, You Got Nothing (?) to Lose
Gosto destes dias frios,
ainda que o gelo me faça por vezes deslizar os pés numa perca momentânea de equilíbrio
até à data inofensiva
uma analogia à existência,
esta de dias frios, de deslizares de pés, de perdas de equilíbrio, de nada dado por garantido
a caminho mais um Natal, mais um Reveillon, mais um sem-número de promessas feitas por milhões a outros milhões, a elas mesmas, a mudanças de 180º em comportamentos-padrão
mais gente pobre, mais animais abandonados, mais maus-tratos, mais cromos, mais gente que deseja ser uma celebridade instantânea, mais um zé-ninguém e uma maria-ninguém que farão uma existência poser porque ninguém tem coragem ou inteligência para lhes dizer
não tens um pingo de auto-estima
e ao virarmos dias a fio assim, criámos esta sociedade e esta vida,
este modus vivendis que nos rodeia e que aceitamos mesmo que de nariz torcido
que aos poucos verga muitos à plena estupidez,
como se não fossemos todos mortais, todos falíveis e todos humanos,
vendida tão bem que é a mentira que seremos todos bonitos, ricos e famosos e pior ainda,
que a felicidade é feita disso
nunca creio que virá o dia em que aceitemos que as coisas não são bem assim,
que existe um plano maior para as coisas e mais,
a qualquer momento podemos traçar um para nós
são dias frios estes, de tão gélidos que assolam mais que a pele que tendem a secar
mas sorri-se, mesmo que não se ignore
com o conhecimento confortante que é melhor sorrir sozinho num dia gélido,
que fingir um sorriso num conforto aparente feito de nada
de ninguém e palavras ocas
sorrir é portanto a melhor das armas, a melhor assinatura
é a nossa forma de estar no Mundo e talvez, quem sabe
a mais honesta de todas as emoções e reacções humanas
simplesmente
sorrir
ainda que o gelo me faça por vezes deslizar os pés numa perca momentânea de equilíbrio
até à data inofensiva
uma analogia à existência,
esta de dias frios, de deslizares de pés, de perdas de equilíbrio, de nada dado por garantido
a caminho mais um Natal, mais um Reveillon, mais um sem-número de promessas feitas por milhões a outros milhões, a elas mesmas, a mudanças de 180º em comportamentos-padrão
mais gente pobre, mais animais abandonados, mais maus-tratos, mais cromos, mais gente que deseja ser uma celebridade instantânea, mais um zé-ninguém e uma maria-ninguém que farão uma existência poser porque ninguém tem coragem ou inteligência para lhes dizer
não tens um pingo de auto-estima
e ao virarmos dias a fio assim, criámos esta sociedade e esta vida,
este modus vivendis que nos rodeia e que aceitamos mesmo que de nariz torcido
que aos poucos verga muitos à plena estupidez,
como se não fossemos todos mortais, todos falíveis e todos humanos,
vendida tão bem que é a mentira que seremos todos bonitos, ricos e famosos e pior ainda,
que a felicidade é feita disso
nunca creio que virá o dia em que aceitemos que as coisas não são bem assim,
que existe um plano maior para as coisas e mais,
a qualquer momento podemos traçar um para nós
são dias frios estes, de tão gélidos que assolam mais que a pele que tendem a secar
mas sorri-se, mesmo que não se ignore
com o conhecimento confortante que é melhor sorrir sozinho num dia gélido,
que fingir um sorriso num conforto aparente feito de nada
de ninguém e palavras ocas
sorrir é portanto a melhor das armas, a melhor assinatura
é a nossa forma de estar no Mundo e talvez, quem sabe
a mais honesta de todas as emoções e reacções humanas
simplesmente
sorrir
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