4.6.09

Meu

Tens olhos verdes
e não, apenas do Sol e da forma como a íris se adapta ao excesso de exposição solar
não que algum dia tenha tido excessos,
ainda que a pele morta a provar-me o contrário e as temporárias sardas que habitam no meu nariz há dias
talvez contagiosas
a fazer pensar que vivo suspenso entre entretantos, como se a vida não fôra mais que um play>pause>play ao qual me tento adaptar e no qual vou encontrando reflexos de mim
hoje ofendido porque lamento
não sou tremendamente inseguro
que o diga quem me conhece de ginjeira e a alma ainda em horários estranhos,
de pessoa que deita às sete ou oito acorda às três quase quatro e estranhámos
eu e o senhor do táxi
afinal de contas amanhece às quatro e trinta pois
já luz viva e céu azul e juraria que sete da manhã noutro lugar qualquer,
a mensagem que não podia faltar entre a Natalie que pergunta para quem sempre
como se duas vezes sempre
eu sorridente digo que a querida gosta de acordar com as minhas palavras sussurradas ao ouvido e hoje,
hoje perdi-me por entre parêntisis e frustrações de animal enjaulado pois se há coisa que não suporto são liberdades aparentes,
glimpses de
a sonhar com não sei quem não sei onde mas sei a fazer o quê
e a outra entre pensamentos porque personifica isso e vai daí,
mais um dia entre paredes
parece que um dia vão cair, derrubadas e extremamente inconsertáveis as ditas
eu correndo louco pela rua fora direito ao pedaço de Oceano mais próximo a descalçar-me metros antes e de imediato
enterrados os pés na areia
calhaus se Brighton
talvez novamente sentir-me completo a olhar para cima apenas céu,
em volta apenas azul
em mim apenas eu e o que me preencher nessa dita altura,
meu
talvez morrendo amanhã num virar de costas ou quem sabe
viver por oitenta anos mais,
como se
e talvez apenas sustente mais este pouco de mim com as melhores memórias em imenso tempo
que apenas doze dias fizeram,
uns bem mais que outros mas praticamente todos imenso
de mim que me encontrei preenchido
nessa dita altura o que me preencheu e preenche
meu

Este post é dedicado ao Joe, à Pi, à Natália e ao Luís. Á Carolina. Á Andreia e o seu novo número religiosamente guardado. É dedicado ao bar da praia, à onda do lagido, à minha prancha, à areia do Oeste, às meninas do bar, à praia del rey, ao meu carro que fez mais de mil quilómetros em dias, aos senhores do restaurante onde fui "n" vezes, ao Simon que é nosso Comandante e me deixou sentar o cú no cockpit para o Londres-Lisboa no meu primeiro dia de férias. Aos meus Pais que são tudo, à Snow que continue a chiar por anos vindouros. Ao smokie a quem amo a sua dupla personalidade. Á periquita que tem um estranho fetiche por mim. Ao periquito que a atura. Ao nosso gato novo que é um gremlin. A vocês que têm o desplante de me ler. Gosto mais de vocês que de beber copos de água!

2 comentários:

Anónimo disse...

Quantas vezes deambulamos errantes como que a querer disfarçar evidências de forma compulsiva, transmitindo a ideia de pedrinhas de gelo como que numa procura de espécie de perfeição, mesmo que ela não exista, mesmo sabendo que muitas vezes a perfeição é só aparência. Mas como acreditamos nela vamos vagueando por aqui e por ali em busca de um vestígio seu, em busca de feitios que se encaixem na perfeição, quando tu e eu sabemos que isso não existe.
Especulamos de um sítio longínquo para que não nos vejam ou descubram os nossos pontos fracos.Analizamos cada promenor do outro, tudo o que o rodeia, a tentar reconhecer o que procuramos ou tentar arranjar qualquer defeito para justificar a nossa ausência. Achamos que conhecemos muito dos outros e esquecemo-nos que por vezes conhecemos tão pouco de nós próprios que será impossível compreendermos os outros.
Perguntamo-nos vezes infinitas se estaremos a agir da forma mais correcta. A resposta, muitas vezes resume-se a um “ não “ gélido e seguro. Por isso a necessidade de desaparecer, de ocultar, de camuflar, de nos fecharmos dentro da nossa própria carapaça. E também aí nos esquecemos de que, enquanto estivermos escondidos e camuflados, tornamo-nos pessoas inatingíveis e dificultamos de forma árdua e cruel que alguém nos encontre…

de alguem que entrou na tua vida...e tenta encontrar-te
tu sabes quem sou...

Just disse...

Ola M há muito que aqui nao venho,o meu mail deixou de o ser,bloqueado nao sei porque nem como e numero de telemovel diferente caso seja eu a quem te referes no blog.Neste final de mes,maximo proximo e sem falta irei depositar na tua conta aquele valor do negocio ha muito feito,teras de me enviar novamente o numero da conta,desculpa se é que tenho por tanta ausencia mas subertudo por ainda nao ter cumprido com o que me é devido.mail novo : afilipapalma@hotmail.com, a ver se tenho noticias tuas.Cumprimentos onde quer que estejas!