17.6.09

The Saddest Girl to Ever Hold a Martini

Escreve-se a partir de uma qualquer ilha do Mediterrâneo,
dado o nome à "mana" mais pequena, Menorca
apelou-me algures o ano passado enquanto em plena aproximação à pista notei as falésias e villas com piscina que por tal lugar pareciam acompanhar a linha de costa
sendo pessoa dada a ideias fixas convenci-me nesse dia que colocaria a dita ilha num qualquer top imaginário a visitar "brevemente"
ora o tal do brevemente foi ontem,
a tal da ilha ainda dá pelo nome de Menorca e eu ainda dou pelo nome de M
ou algo para tal efeito

há pensamentos que nos assolam os dias, os fins de tarde e inícios de noite
os caminhos que percorremos para chegar a determinado lugar,
quem nos acompanha pelo caminho e quem fica para trás
há um sem-número de instâncias que nos levam a percorrer esse trilho ao qual chamamos umas vezes indevida,
outras bem mais que devida
vida
sendo que vida é presente em ambos os termos, estou em crer que a dualidade delas se adapta mais que bem a este discurso, até porque yours truly tem o seu quê de dualidade
é fantástico acordar no paraíso,
a água do Mar é quente e transparente, os locais são amistosos, há paz e sossego ao virar da esquina
há Sol, há pele a ganhar um tom mais escuro, existem lugares misteriosos escondidos para lá das paredes desta varanda de onde me dirijo a vocês ou, como mais vezes que costume,
a mim mesmo
entre pensamentos desviantes à minha natureza, à forma como penso e sinto, à racionalidade e afins
existem realidades alternativas que se prendem a ideias erradas do Mundo,
os ditos dourar a pílula apenas porque
como se sonhos e realidade fossem sempre ligados por um fio condutor e não fossem os primeiros um melhoramento da segunda
nesta dualidade encaixo eu,
pleno de sonhos, alguns que por vezes tendem a atormentar-me de tão boas versões que são da dita realidade mas que, ao acordar
choca de frente com a racionalidade do seu ser e com a realidade com que se depara
assim ao final da noite ergue-se o copo
este de cuba libre e apagam-se as luzes
chegou a hora de sonhar

2 comentários:

Anónimo disse...

Há quem se desloque ao sabor do vento levando consigo os sonhos, as decepções.. esse mundo so seu, que insiste em transformar em pequenas fábulas onde as personagens não passam disso mesmo, PERSONAGENS,reduzidas e transformadas em vilões, e onde se riscam da folha de rascunho porque simplesmente deixaram de existir na imaginação e vai dai voltas a idealizar, e a sonhar, e la se parte para mais uma aventura!É, esta história de termos o previléguio de recorrer ao imáginario como forma de amortecer os impactes dolorosos, e nesse sentido organizamos o tempo á nossa medida não deveria ser substituido por formas bizarras de anularmos o AGORA e acabamos inevitavelmente a cantarolar:" estou bem aonde não estou porque so quero ir aonde não vou...." ;)

Davidptrincao disse...

Gostei.
Parabéns pelo blogue!

P.S.: Falar de férias numa altura em que poucas pessoas têm férias não é bom nem solarengo nem pílula doirada. É um exercício de crueldade!