13.4.09

LowCuras

Foram cento e cinquenta postagens em coisa de ano e meio.
Para os mais desatentos nas lides matemáticas dá coisa de muito pouca escrita para uma escala de tempo relativamente vasta e preenchida como foi a coisa.
Bem sei que não é meu hábito ser específico no que escrevo, deixando sempre os nomes de fora, os rostos como quem respeita a privacidade das pessoas que orbitam na minha existência e eu na delas. Convenhamos que uma órbita algo discutível, sendo que é nada mais que intermitente.

Andar alheado do Mundo tem conveniências.
Não obriga a sorrisos de circunstância, a telefonemas, mensagens, e-mails ou até abrir o MSN para conversas do quotidiano. Porque não, porque me alheei dessa coisa chata que é o quotidiano - tenho o meu e não me parece certo partilhá-lo, para quê levar com o dos outros? - sendo que nada pode ser mais desinteressante que a arte mundana de viver.

Há aí um punhado curto de esquizofrénicos que me agradam.
De tão atípicos que são puxam a minha atipicidade - passo a expressão a ferro - e despegam-se de quaisquer modus vivendis menos apelativos, mais entediantes, menos sexy ou seja, simplesmente mais malucos do que se possa qualificar.
Ora ninguém faz isto de propósito. Não por muito tempo pelo menos. A loucura é uma forma de estar, de viver e de encarar a vida. É do meu strangers in the night quando ilumino a reading light na galley instantes antes de aterrar. É a Magda que quer ir amanhã a outro sítio qualquer na Europa do pé para a mão. É o João que se balda ao trabalho para irmos para a praia. A Li que fica tirada do sério. O Say que grita Marco Polo cada vez que me vê. O Manuca e aventuras que davam BD. O Luís que apesar de continuar o mesmo tem mais sonhos que nunca. O João que me faz rir como sempre fez. A Andreia que teima em estar presente com a sua peculiar forma de ser. A Thu que me vai fazer ir à Finlândia gelar o rabo. A E. que de tão sumida que se torna não sei se viva se morta. O André que algures para a Tailândia continua a ser o meu irmão. A Joaninha e os seus sonhos de menina pequena em cara de menina grande com olhos que sonham como ninguém.

E mais, bem mais que não sei dizer, porque não quero ora não posso. Porque podia, mas não me apetece!

Gosto de vocês todos, até dos que me põem de parte ou simplesmente que não me entendem. Que nunca perceberão que não tenho malícia como a que vive para aí mas um carácter forte que não verga àquilo que eu acho incorrecto, deselegante ou inapropriado. Porque eu sou eu e tu és tu. Porque somos todos outros e convém sermos loucos de sinceridade acerca de como somos. Acima de tudo apreciar isso que somos, seres inequivocamente únicos que têm apenas este bocadinho que é viver para serem como são ao máximo do que possam ser.

Se não fazes disso o teu modus vivendis não te preocupes. Cada um tem o seu peculiar modo de ser...

2 comentários:

Boxing girl in Academia 77 disse...

A recentemente promovida a Lagarta agradece o carinho com que se trocam devaneios e loucuras incipientes de quem sonha cm quem respira e não abdica dos seus amores e ódios para aturar gentinha e gentalha que apenas gosta de viver no lodo, seja lá isso o que for. Obrigada pelo carinhoooooo da caricatura e pela forma como consegues ver-me para além da massa corpórea e evidente que me cobre a alma. À tua visão raio-X, ao "colinho" das tuas palavras e à partilha da estupidez que nunca teima em evaporar-se ou sequer congelar-se, UM BEM HAJAAAA por estares algures no mundo e seres cm és. Isso sim é o melhor de tudo, a melhor prenda de Natal, o melhor presente de aniversário. YOU ARE WHAT YOU ARE, a big sweet and silly boy that i adore, now, then and forever my friend. Time after time you'll be always my Little one. Kiss and smiles


"The only true wisdom is in knowing you know nothing. "
(Socrates)

Anónimo disse...

Snif snif :( A carolina nao consta nos teus esquizos favoritos. snif snif :(




C.M.