4.11.09

De quê?

Vão as horas com o que quer as leve,
o rosto pesado devoto à gravidade e o sorriso que parece já ter adormecido do sobreuso a que se lhe deu sem que por aí além tenha sido bem empregue
lembras-te da última vez?
e somem-se os pássaros que ainda dormem nas árvores que avisto da minha janela,
que árvores se apenas prédios em tijoleira, as janelas sem vida e o Sol que segue o rasto do topo,
seguem-se momentos de total e inútil interrogação,
porque me dói se não a tenho
e a alma a relembrar-me que afinal nem sobre tudo o tempo passa,
se me perco em olhares cinzentos e fotografias que o Sol queimou então quem sou afinal,
quem és tu e nós,
que não vivemos nem de fotos nem imagens que surgem em Mundos opostos
quem é que afinal me diz que valeu a pena um só momento,
se não me souberem dizer afinal de que linhas é feito e só feito
um coração

2 comentários:

Sonita disse...

Todos os momentos valem a pena, mesmo que nao te saibam dizer como é feito o coraçao... Quanto mais nao seja, esses mmentos servem para reflectires e de seguida escreveres assim uns textos :D :D

Cleo Borges disse...

Estou aplaudindo voce... Que lindo blog, belas poesias e uma sensibilidade contagiante...
Parabens voce é muito bom!
Cléo Borges