Em que cotovelos se apoia a alma?
A que cheiram os sonhos?
De que côr é o sorriso?
Viajar é levar a alma a ver coisas,
as que já conhece dizem mas que esqueceu, precisando portanto ser relembrada que a vida é esta experiência de acumular experiências
felizmente não tanto como se acumulam revistas e tralhas que encham uma qualquer divisão - ou divisões várias - de uma casa
antes como um círculo de sensações boas e más a que temos a tendência de chamar momentos inesquecíveis
problemático é na forma que somos criados e na condicionante humana julgarmos que viver é apenas ser feliz
ou melhor ainda, que ser feliz consiste em ter apenas momentos bons
sem julgar que viver, experienciar e a maravilha que é estar vivo consiste afinal em tudo isto, numa panóplia de sentimentos e sensações que vão da dôr e agonia aos sorrisos e paixões
e convenhamos que sim, faço-vos o jeito, ao Amor
existem aqueles de nós que aparentemente rodeados de dura e aparentemente imperfurável carapaça permanecem impavida e serenamente a sentir a vida em si, consigo, nas suas perspectivas
chega talvez uma altura sim em que a vida passa a ser sentida a dois,
num todo novo perspectivar de vivências que ainda que aparentemente as mesmas,
em muito pouco terão ponto comum
Em estilo diferente escrevo apenas esta ligeira dissertação que me tem inspirado ultimamente. Espero que faça o mesmo por vós, quem quer que sejam os olhos, sonhos e sorriso por detrás desses ecrãs.
Aparentemente, um Mundo Só Meu à vossa disposição e à dos vossos sentidos quaisquer que sejam eles
26.10.09
16.10.09
Dias de Vento
Pareço já sentir o Outono,
ainda que a pele morena o desacredite com desdém
como se o Mundo fôra feito de Verões eternos, a vida uma constante busca de Sol e Mar e a pele, essa, sempre salgada pelos beijos céleres com que brindamos o corpo nessa incessante busca que é a nossa
por nos sentirmos vivos
confesso que toda esta gente e eu sem ter que lhes dizer,
seco de palavras, se não nos seus olhos tiver em que poisar o meu olhar e nelas, inclusive nas memórias, me rir um pouco encostado aos seus ombros
se não rir, porque não pelo menos brindar-me com sorrir?
nesta almofada marreca, torcida de tanto puxão que lhe dou e cuja companhia é a única que brinda a minha alma por noites a fio lamento não lamentar-me
como se isso de fraqueza se tratasse e porque o faria eu
afinal ver por detrás dos rostos, dos sonhos que se ligam uns aos outros e das palavras que são baralhos de cartas empilhadas em dias de vento,
mais uma vez não sou mais, melhor
nem quero, tendo a dita raiva a quem assim o deseja
poiso assim os olhos já negros de noites pouco dormidas e dias a fio sem parar, de sorriso ainda não totalmente gasto entregue aos poucos momentos que faço acontecer,
pois há ainda quem faz e acontece,
ao restante que povoa o Mundo e as suas palavras, os seus sonhos e falsidades, as suas memórias verdadeiras e as que se alimentam de ilusões, devoto eu tempo algum,
nenhum do meu portanto,
se puder ter sempre no olhar um lugar onde reservar os meus sonhos, que seja sempre meu
que nunca o deixe à mercê do vento e dessas tais, que as leva ele
palavras
ainda que a pele morena o desacredite com desdém
como se o Mundo fôra feito de Verões eternos, a vida uma constante busca de Sol e Mar e a pele, essa, sempre salgada pelos beijos céleres com que brindamos o corpo nessa incessante busca que é a nossa
por nos sentirmos vivos
confesso que toda esta gente e eu sem ter que lhes dizer,
seco de palavras, se não nos seus olhos tiver em que poisar o meu olhar e nelas, inclusive nas memórias, me rir um pouco encostado aos seus ombros
se não rir, porque não pelo menos brindar-me com sorrir?
nesta almofada marreca, torcida de tanto puxão que lhe dou e cuja companhia é a única que brinda a minha alma por noites a fio lamento não lamentar-me
como se isso de fraqueza se tratasse e porque o faria eu
afinal ver por detrás dos rostos, dos sonhos que se ligam uns aos outros e das palavras que são baralhos de cartas empilhadas em dias de vento,
mais uma vez não sou mais, melhor
nem quero, tendo a dita raiva a quem assim o deseja
poiso assim os olhos já negros de noites pouco dormidas e dias a fio sem parar, de sorriso ainda não totalmente gasto entregue aos poucos momentos que faço acontecer,
pois há ainda quem faz e acontece,
ao restante que povoa o Mundo e as suas palavras, os seus sonhos e falsidades, as suas memórias verdadeiras e as que se alimentam de ilusões, devoto eu tempo algum,
nenhum do meu portanto,
se puder ter sempre no olhar um lugar onde reservar os meus sonhos, que seja sempre meu
que nunca o deixe à mercê do vento e dessas tais, que as leva ele
palavras
3.10.09
"I Love You Mia Wallace!"
Dias há que me canso de humanos e remeto-me para a ficção que ora projecto em ecrãs ora nos sorrisos de desconhecidas. Dias há que guardo ódio por outrém. Dias há que remeto para o total oblivion, cruel ignorância. Dias há em que se vira a página e se colocam os pontos finais nos "is". Dias há assim em que submerso de pensamentos, entregue ao mais recôndito e negro lugar da minha alma me pinto assim. Terminou o tempo.
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