18.1.09

Blue Sky vs #1 Cloud

Duas da tarde
por companhia uma rockalhada tipicamente 80's-90's e o Sol que me entra pela janela a fazer esquecer que está um vento gélido lá fora
por muito que me pudesse queixar, adoro esta estranha sensação a de estar de fina tshirt dentro de casa enquanto no lugar que, esse sim chamo de casa tenho de estar encasacado a lutar contra o ar cadavérico que o frio me provoca
e é porque está frio e é porque são cinco camadas de roupa na cama e é porque o Inverno é mau e sou infeliz e vou fugir para as Caraíbas até à Primavera
não fujo
ao invés disso acabo por fugir para mais a Norte da Europa onde a chuva e o frio são uma constante e me passeio pela casa em trajes de Verão e durmo encalorado com um simples edredon que admito, seria dos mais fininhos lá para a tal casa a que chamo casa
acabado de chegar de Alicante e penso que um dia destes mudo de vida
vou trabalhar para a peixaria do senhor António, para o talho, para o mercado a vender flores ou eventualmente a oferecê-las a todas as magníficas que se apresentarem interessadas nas ditas
este fim-de-semana e os colegas a dizerem que vamos sim a Veneza porque o Carnaval vem aí, o Joe que me diz que Berlim nunca esteve melhor e Faro outra vez ali à distância de aterrar lá e pegar no sacana do León a preço de banana e vamos embora, Sevilha é já ali
diziamos nós ao fim da garrafa de whisky e da noite ainda antes de a caminho de casa, entre a tourada da Sueca e das outras duas que nunca tiveram nome porque admito que não encontro em mim a vontade para fitas ranhosas em bares e não
não me permito a erros desculpados por qualquer que seja a quantidade de substância alcoólica e afins a que me possa dar ao luxo - entenda-se maluqueira - de consumir
terminada essa noite comigo com o pescoço queimado por um cachecol - acreditem-me, dói para xuxu - e um qualquer anormal esmurrado sem ter pensado duas vezes por yours truly e não é que não fomos a Sevilla?
nem botellón nem o amigo Manuca possuído que me dizia que ao levarmos o Luís com aquele feitio ao fim de uns copos a chamar Espanhol do C....acilhas e não,
não saíamos de Sevilha com vida
exageros!
ao fim ao cabo o Paul que apenas me conheceu seis meses entendeu que sou eu próprio, livre de chatices e arrogâncias parvas que me servem de desculpa e escudinho quando estou entre os meus,
com mau feitio é certo e sabido e eles sabem-no
mas com estúpidos sorrisos permanentes e rir de doer a barriga e chorar por mais que sim, choro e de conversas até de manhã acerca delas porque são isto e aquilo mas não deixamos de as admirar, adorar, querer enfim entender e tenho dias que sim
nos dias que não calo-me e respeito a indubitavel diferença que existe entre nós
nisto o fim-de-semana ainda tarda, é certo
porém o planear coisas com antecedência é o meu fraco e não vivo em expectativas de coisas a dias de distância mas sim em coisas feitas em cima do joelho, de pancadas momentâneas e dias assim porque sim, me sabem muito melhor, me fazem vivo e de vivo só tendo a passar a morto
portanto vou vivendo,
opção própria e sábia
gostei do dia de hoje, porque os sorrisos parvos ignoram o telemóvel que recebe mensagens vindas do espaço e focam-se em coisas que aparentemente tinham desaparecido mas já disse antes
as iludências aparudem!
perdão, aparentam-se ilusórias..

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