Apenas
com uma noite la fora e estrelas sob as nossas cabecas como se de um mero tecto com uma misera lampada se tratasse, tal a trivialidade de coisas assim que remetemos para o esquecimento ate que olhamos para cima
eu aqui, cadeira com cinco pernas no chao, uma das quais minha ao passo que a outra cruzada sob o tampo de outra e a partilhar espacos com o que esta la fora a chamar-me
tu ai, quem quer que sejas de nome ou rosto que te de, quer te conheca a pele ou nao, ainda que me remeta sempre a lugares que me sao comuns para me justificar pelas ausencias que sinto mais que na pele
na alma
por nao ter um desafio a altura que me fizesse ponderar, querer deixar tudo a correr para parte incerta ou lugar algum apenas para, mesmo que no caso de falhar, de errar dizer um dia
fi-lo
quantas vezes poderas na vida ter a oportunidade de dizer que fizeste tudo por algo ou por alguem se sabes que ao mentires a ti, pior que ao Mundo, a ti
nao o fizeste e te refugiaste em espacos pequenos, meias desculpas e em espelhos concavos que reflectem quem nao es apenas porque te e mais conveniente ver outrem
nunca estarei a altura dos meus sonhos porque os deixo voar
tu, estaras a altura do quer que seja se nem para cima olhas?
Sem comentários:
Enviar um comentário