22.4.08

Pormenores na Hora do Cha

Gostava que visses em mim o que vejo.
As notas suspensas no ar das musicas que me levam a lugares onde fui feliz e permanece parte de mim a se-lo mesmo que eu tenha continuado rapidamente sem, aparentemente, olhar para tras.
Gostava de sentir o que sentes.
Se sentir efectivamente existe como um lugar que mora no peito onde paredes sao desenhos de desejos e telhados de vidro onde o ceu mora sempre presente com estrelas vividas de noites de Verao que tambem elas se fizeram passar algures no tempo.
Queria-te dizer a que cheira o ar. O olhar para a direita primeiro ao atravessar a rua ou as formas diferentes de gostar das pessoas daqui. O humor que se diz inteligente. Os passaros de cores que nunca vi ou os esquilos que moram na minha arvore e nas outras que vejo quando vou passear o cao.
A comida e o aroma, o sabor. Os lugares para os quais me remeto quando algo nao esta certo e permanece inerte.
As cores das paredes do meu quarto e o feitio de tudo o que me rodeia, os meus sonhos antes de adormecer e os que me invadem depois de me deixar ir.
Tenho lugares em mim onde escrevo tudo, desenho e pinto ao detalhe os dias da minha vida. Lugares belos com vida propria mas sem que sejam visistados que eu repare.
Podia estar enganado, mas afinal quantas vezes me consigo enganar a mim mesmo?

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