Devaneios,
nunca serás tão bela quanto hoje
nem tão jovem,
termos indissociáveis no nosso imaginário,
de seres tão fortemente atormentados ora por coisas maiores que nós,
ora por miudezas
tão extremos, nós
nas nossas paixões, nas nossas perdas, nas nossas lutas constantes para chegar a outro lugar
seremos os mesmos quando lá chegaremos,
nunca iguais quando partirmos
tomara ser igual,
sem tomar, que minto ou melhor dizendo
(omito
se omitir é a mentira dos cavalheiros,
excessivamente preocupados com o conforto e expectativas alheias em,
digamos
não as defraudar)
e sim senhor,
o Mundo é uma mera poeira, um grão de pó num lugar maior que a mais larga praia que conheçamos
sem nunca esquecer aquele dia,
junto ao mar e o meu Pai
há mais estrelas na galáxia que grãos de areia em todas as praias do Mundo
e o conceito a revolver na minha mente,
de tão pequenos,
a revolver
hoje deparei com o conceito que me dá nome,
loner
como se encaixássemos todos assim, peças quadradas em espaços quadrados,
previsíveis, delineados, torneados ao detalhe
como se não passássemos tantas vezes as fronteiras do que somos e de conceitos
pobre de quem
(digo Quem, senhor)
nunca ousou fazê-lo,
pobre de
(senhor)
quem não o faz constantemente
(ouso dizer, cavalheirescamente, excessivamente obstinado)
não viverá?
vive, sem que conste (ouso)
a mim defraudar as expectativas alheias de cada um, senhor
ou omitir,
pois vive
nunca serás tão bela quanto hoje
Aparentemente, um Mundo Só Meu à vossa disposição e à dos vossos sentidos quaisquer que sejam eles
10.11.11
7.11.11
This Good Forever
Sobe comigo ao céu,
onde vivem os sonhos, as coisas belas, as luzes,
inclusive a do teu candeeiro de cómoda,
que te embala as noites, o teu adormecer
ao lado dele tu,
o teu cheiro e o teu olhar no intemporal,
a aguardar o dia que nunca chega, que nunca vem, o interminável tempo que,
interminável seria,
fossemos nós seres imortais
ao não sermos, ao estarmos todos tão romanticamente condenados,
tão sem salvação, sem esperança, sem memória que nos tome num piscar de olhos que são pares de dezenas de anos,
por quem anseias portanto tu?
porquê ter de assentar a nossa fugaz existência numa poeira de cimento?
poeira, como nós
e assim ao teu lado, eu lá do cimo, ombro a ombro com as quase-eternas estrelas,
com o quase eterno nada há,
olho para ti,
assim como que nunca tenhas deixado de estar,
nesse teu sorriso, nesse teu cheiro, nesse teu jeito
de mortal que viverá para sempre
iluminada pelo teu candeeiro de cómoda,
onde vive o teu cheiro
em mim,
para sempre!
onde vivem os sonhos, as coisas belas, as luzes,
inclusive a do teu candeeiro de cómoda,
que te embala as noites, o teu adormecer
ao lado dele tu,
o teu cheiro e o teu olhar no intemporal,
a aguardar o dia que nunca chega, que nunca vem, o interminável tempo que,
interminável seria,
fossemos nós seres imortais
ao não sermos, ao estarmos todos tão romanticamente condenados,
tão sem salvação, sem esperança, sem memória que nos tome num piscar de olhos que são pares de dezenas de anos,
por quem anseias portanto tu?
porquê ter de assentar a nossa fugaz existência numa poeira de cimento?
poeira, como nós
e assim ao teu lado, eu lá do cimo, ombro a ombro com as quase-eternas estrelas,
com o quase eterno nada há,
olho para ti,
assim como que nunca tenhas deixado de estar,
nesse teu sorriso, nesse teu cheiro, nesse teu jeito
de mortal que viverá para sempre
iluminada pelo teu candeeiro de cómoda,
onde vive o teu cheiro
em mim,
para sempre!
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