Tenho números no calendário,
relógio
aleatórias expressões de tempo, de vida, pontos que marcam entretantos,
daqui até aí, dali até aqui, os caminhos que percorremos
é facto que por tempos desligo mais do que seria humanamente recomendável,
não que em todos esses aleatórios números me tenha esquecido de ser eu mesmo
ou que a vida me tenha finalmente levado no revés daquela última onda,
creio apenas que nem sempre quero partilhar,
não com vós todos, cujo brilho dos olhos não reconheço em particular
nem com ninguém, para esse efeito
talvez possua um efeito terapêutico, espalhar a minha génese numa canvas como gotas de tinta que se deitam num puro branco
mas falta-me reconhecer purezas, efectivas,
o que nos leva a não querer estar tão a jeito, tão à mão quando tantas, muitas vezes, enfrentámos as maiores tempestades sem olhar para trás,
sem que ao nosso lado tivéssemos quem seria de esperar ter ali
tenho por vezes estes sonhos,
futuros, passados e Presentes alternativos,
memórias misturadas com desejos, livres de números,
aleatórios
resta-me esperar saber que tudo é maior que nós,
que há um meio para todas as vias que são a nossa vida
e o que conta não é o fim, mas a jornada
"..e no fundo porque somos humanos e a verdadeira humanidade tem a obrigação de nos comover em sorrisónea como me fez ao ler "Obrigada a ti menino dos olhos bonitos e do sorriso mágico"
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