19.8.11

Serenidade

Á última semana de vintes,
a humanidade, essa, comprova-se
ainda imbecil, incapaz de surpreender pela positiva, um sem-jeito de exemplos que podia enunciar
mas por vantagem, por tempo
meu e vosso
mais sereno, menos preocupado se é que de todo em impressionar alheios,
em conquistar pelo excesso de positiva, como se a nossa personalidade servisse para agradar aos outros
quando na verdade tem de servir para nos agradar a nós mesmos
e a nós mesmos cabe a tarefa, sempre árdua, sempre titânica
de a moldar às nossas paixões, ao nosso Mundo
desconfiem sempre das pessoas que têm mil milhares de amigos
como devem talvez desconfiar de mim,
pelo sem-número de noites a que me devoto à minha própria companhia
desconfiem sempre dos primeiros, pois são as pessoas mais solitárias e ansiosas de companhia do Mundo,
desconfiem dos últimos, serão sempre os menos sagazes em agradar-vos ou em se precipitarem em ínfimas tentativas de vos impressionar
em suma sejam serenos, na ela também titânica tarefa de ignorar tanta coisa que não faz sentido,
tantos erros, tanta injustiça, tanta coisa que o Mundo vos atira para as costas
carreguem portanto só o peso dos vossos sonhos e dos que vos importam
tudo o resto?
o resto são tretas, pá
 

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