5.9.09

Um Mundo Só... Meu!

O que orbita afinal na nossa vida,
existência
duvidaria que as palavras, essas que se esquecem, passam de moda e lugar, de contexto
as pessoas, que envelhecem e mudam aos poucos para algo que se quer pensar,
esperar
melhor,
nem sempre
os amores que se tornam intemporais, como se sempre à flôr da pele com o pensamento apontado aos mesmos como se os olhos postos num céu estrelado
as amizades que perduram, as que se prestam ao passar das semanas,
das ausências,
de tudo isto que é viver e por vezes convenhamos sim,
cansa e é difícil e acima do mais
cansa
se por vezes parece que a humanidade nos foge por entre os dedos, como as últimas gotas de água salgada que o Sol seca da pele
só cabe a nós mesmos, comandantes de um qualquer vôo nocturno,
manter apurada a rota, qualquer que seja ela de forma a pelo menos se não nos encontramos,
e pelo meio de tudo o que se some,
jamais corrermos o risco
de nos perdermos

"E dias há em que me perco eu em ti ou no quer que seja que de ti, talvez em vós e na soma das vossas melhores partes excluída a minha pior. Se tudo feito de melhores partes apenas, a perfeição. Se excluídas as más, afinal quem seríamos nós. Não eu. Não tu."

3 comentários:

Anónimo disse...

Enquanto os meus pés se enterravam na areia, nesta tarde enquanto passeava á beira mar, visualizei algo tão óbvio e tão simples. Os amores são realmente como as ondas do mar. Da mesma maneira que vão e voltam, enrolam-nos e tiram-nos o norte, sugando-nos numa força centrífuga impetuosa. Não há duas ondas iguais, assim como não há dois amores iguais. O mesmo amor pode voltar mas quando o fizer, não será o mesmo. E da mesma maneira que nos deixamos embrulhar também serenamos. Se há capacidade que o mar e o amor partilham é a de serenar corações atribulados.
:).......

Anónimo disse...

Estigma

Filhos dum deus selvagem e secreto
E cobertos de lama, caminhamos
Por cidades,
Por nuvens
E desertos.
Ao vento semeamos o que os homens não querem.
Ao vento arremessamos as verdades que doem
E as palavras que ferem.
Da noite que nos gera, e nós amamos,
Só os astros trazemos.
A treva ficou onde
Todos guardamos a certeza oculta
Do que nós não dizemos,
Mas que somos.

BRX

Unknown disse...

Adoro..Adoro e adoro este texto :)

kissu's*